Psicóloga explica como pais podem identificar se filhos estão sofrendo bullying
Com início do segundo semestre letivo em agosto, responsáveis devem se atentar a sinais de problemas com crianças
Com o início de agosto, tem começo também o segundo semestre letivo nas escolas de Goiás. No entanto, muitos pais devem se manter em alerta, visto que os filhos podem estar sendo alvo de bullying – violências e humilhações praticadas pelos colegas estudantes.
Diante dessa realidade, que pode ser perigosa para muitos alunos, o Portal 6 conversou com Jordana Gracielle, psicóloga clínica e escolar, que explicou como evitar tais situações no ambiente de ensino.
Primeiramente, ela explicou que existem alguns sinais que indicam que a criança está sofrendo bullying, como pedidos para não ir às aulas e ficar em casa, ou demonstrar desânimo para estudar ou ir para a escola.
Podem haver inclusive sintomas físicos, como dores de cabeça, dor no estômago e diarreia, além da apresentação de um semblante mais triste.
“Muitas vezes, ele não consegue expressar direito o que está acontecendo e pede para trocar de escola, ou diz que está achando a escola chata. Então é importante que os pais percebam esses sinais e tenham uma postura acolhedora e de escuta”.
Responsabilidade escolar
Os responsáveis pela criança também podem procurar conversar com a unidade de ensino ou os professores, para entender como é o perfil da sala em que o filho se encontra, caso percebam esse abatimento no pequeno.
Nessa questão, cabe também à escola tomar ações para que os alunos consigam identificar e denunciar a ocorrência do bullying, além de deixar claro qual será a punição para o estudante que comete as agressões.
“É importante que a escola converse tanto com o agressor, quanto os pais do agressor, para entender o lado dele e o porquê disso estar acontecendo”, destacou Jordana.
Para evitar que essas situações de violência ocorram, a psicóloga destacou que é preciso ter um projeto de longo prazo, a fim de se conversar sobre o bullying e promover a convivência, diálogo, respeito e resolução de conflitos.
“Esses projetos podem alcançar os professores da equipe escolar como um todo, os alunos, os pais e também na comunidade em geral”, apontou a especialista.
Por fim, ela destacou que é importante que os estudantes entendam as consequências das próprias ações.
“Às vezes, alguma brincadeira, que a gente acha que é brincadeira, pode afetar a autoestima do colega, pode afetar a individualidade ali do colega. Rir ou fazer piada da dor do outro não é brincadeira”, concluiu.