PC prende suspeitos de utilizarem fotos das vítimas para “driblar” reconhecimento facial e acessar contas bancárias

Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de prisão somente em Goiás

Thiago Alonso Thiago Alonso -
PC prende suspeitos de utilizarem fotos das vítimas para “driblar” reconhecimento facial e acessar contas bancárias
Mandados de prisão foram cumpridos em vários estados. (Foto: Rodrigo Melo/O Popular/TV Anhanguera)

A Polícia Civil (PC) cumpriu nesta quinta-feira (29), uma operação contra fraudes em 11 estados, onde suspeitos usavam fotos das vítimas em redes sociais para burlar bloqueios faciais e roubar dados.

Dentre os mandados de prisão, 19 foram cumpridos em Goiás, enquanto outros cinco supostos criminosos continuam foragidos.

Ao G1, o delegado Leonardo Pires explicou que o grupo chegou a movimentar mais de R$ 200 mil em um período de apenas cinco dias.

Para isso, os suspeitos utilizavam “máscaras” com fotos das vítimas para driblar o reconhecimento facial e acessar as contas bancárias.

Segundo o delegado, a quadrilha também criava contas em bancos a partir de dados das redes sociais, além de pedir outras informações por mensagens.

Os crimes aconteceram em 2022 e lesaram, ao todo, 25 pessoas de 11 estados diferentes, além do Distrito Federal (DF).

Nomeada como “Operação Golpes S.A”, foram cumpridos, nesta quinta-feira (29), mandados de busca e apreensão e prisão nas cidades de Goiânia, Trindade, Caldas Novas, Piracanjuba e Bonfinópolis, além de Cáceres (MT).

A PC também realizou o bloqueio de mais de 240 contas bancárias dos envolvidos, além de apreender cartões de contas fraudulentas e de pessoas que emprestavam perfis para receber os valores.

A quadrilha é investigada pelos crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de capitais.

Empresa criminosa

De acordo com o delegado, o grupo atuava como uma espécie de “empresa” no mundo do crime, sendo que eram divididos setores para cuidar de determinadas atribuições.

Eles separavam os ‘trabalhos’ em quatro núcleos, que se organizavam para aplicar e organizar diversas modalidades de golpes.

O primeiro, divulgado pela PC como “Núcleo da Engenharia Social”, era responsável por contatar as vítimas e aplicar golpes conhecidos, como o do número falso, boleto falso, parente falso, bença tia e falso intermediário.

Já o “Núcleo dos “Conteiros” tinha como atribuição fornecer, por meio de aluguel, contas bancárias para receber os valores conseguidos com as fraudes.

O “Núcleo de lavagem de capitais” executava as transações financeiras, escondendo a origem do dinheiro para dificultar o acesso da polícia.

Por fim, o principal era o “Núcleo captador”, responsável por coordenar e servir como ligação entre todos os outros núcleos, sem que houvesse contato direto entre eles.

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