Família de anapolino espancado por ‘amigo’ pede ajuda após nova tragédia

Dificuldades do estudante de Engenharia de Software aumentaram ainda mais desde o episódio

Davi Galvão Davi Galvão -
Givanildo enfrenta as consequências da agressão até hoje. (Foto: Arquivo Pessoal)

Cursando Engenharia de Software na UniEvangélica, em Anápolis, o jovem Givanildo Junio Rodrigues, de 26 anos, tem uma rotina bastante diferente dos demais colegas. Apesar de as aulas começarem apenas às 08h, ele precisa se levantar três horas mais cedo, por levar muito mais tempo para tomar banho, se arrumar e até mesmo se alimentar.

Ele foi vítima, em 2022, de um brutal espancamento por parte de um “amigo”, que lhe ocasionou um traumatismo craniano e deixou diversas sequelas, que persistem até hoje.

Givanildo, antes e depois do espancamento. (Foto: Arquivo Pessoal)

Por conta disso, Givanildo, que antes levava uma vida como a de outros jovens, agora tem a mobilidade extremamente reduzida e até mesmo falar é cansativo. Mesmo assim, todo esse suplício não conseguiu abalar o maior sonho dele: poder ajudar a família.

“Quero poder me formar, conseguir um trabalho remoto e retribuir tudo o que minha família tem feito por mim. Sem eles hoje eu não sei o que faria. Isso é o que me motiva”, contou Givanildo, em entrevista ao Portal 6.

Com a avó de 83 anos enfrentando a Alzheimer e também com uma irmã mais nova, a mãe de Givanildo, Cleide Rodrigues, não consegue trabalhar e precisa se dedicar aos cuidados do lar. A situação ficou ainda mais crítica quando o pai dele, que sustentava a casa e até ficava responsável por levá-lo para a faculdade, faleceu em um trágico acidente de trânsito, em maio deste ano.

“Ele que trabalhava aqui, depois do que aconteceu comigo, ele também me levava na faculdade por um tempo, e as coisas já eram difíceis na época. Agora, sem ele, piorou tudo. Doeu demais. Ainda dói”, lamentou.

Atualmente, o jovem consegue ir para a faculdade graças a um colega de turma, que oferece carona para as aulas, o buscando e levando para casa. Apesar disso, ainda há vários outros desafios que ele enfrenta.

Falta de apoio 

Cleide contou que os custos mensais da medicação do filho – para controlar convulsões, espasmos, dores e ajudá-lo a dormir – ficam superiores a R$ 300 – e que não são oferecidos pela rede pública.

“A gente, no começo, ia la no Centro de Distribuição para pedir, mas eles sempre falavam que não tinham, daí a gente depois de bater muito a cabeça, a gente desistiu”, contou.

Givanildo precisa tomar medicações em decorrência da agressão. (Foto: Arquivo Pessoal)

Além disso, como a maioria das consultas é realizada em Goiânia, a família ainda tem gastos adicionais com o transporte, dado que, nas palavras da mãe, a van da Prefeitura não está em condições de fazer o translado com dignidade.

“Na primeira vez ele foi com essa van da Prefeitura, mas a van não tinha uma cadeira adaptada para cadeirante, não tinha nem como entrar com a cadeira de rodas. Para colocar na van o pai dele teve que ir com ele nos braços”, denunciou.

Por conta de toda essa situação, Givanildo divulgou o Pix para quem puder ajudar financeiramente a custear o tratamento, bem como as despesas da casa, enquanto ele finaliza os estudos.

“Tenho total intenção de trabalhar, mas por conta da minha situação, eu preciso de um curso superior. Então, enquanto isso, quem puder ajudar, o Pix é 70204435161”.

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