“Principal desafio foi a falta de dinheiro”, diz Mabel sobre problemas enfrentados no início da gestão
Prefeito ressaltou a melhora em algumas áreas da capital, mas reconheceu que está devendo em outras
Prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), realizou, nesta sexta-feira (31), um balanço do primeiro mês de gestão.
Segundo Mabel, os 30 dias inaugurais do mandato foram desafiadores pela falta de dinheiro em caixa, mas que houve melhorias em áreas como Saúde, Educação e Trânsito.
“O principal desafio foi a falta de dinheiro. Pegamos a Prefeitura devendo R$ 4 bilhões, não temos dinheiro e, pela manhã, preciso saber se vamos comprar remédio, comida para os doentes, a merenda para os alunos. É um grande desafio devido à falta de recursos”, afirmou.
Apesar das sensíveis melhorias citadas por ele, o prefeito reconheceu que existem outros pontos que precisam melhorar, como a conservação das ruas da capital, o que, segundo ele, é causado pela falta de dinheiro em caixa.
“Os buracos estão ganhando de nós, estão abrindo mais buracos do que conseguimos tampar, mas isso é falta de dinheiro. Senador Canedo nos emprestou alguns caminhões de massa para começarmos os trabalhos. Conseguimos comprar os produtos para fabricar a massa. A partir da semana que vem, vamos tampar todos os buracos”, prometeu.
Comurg e o rombo milionário
Um dos principais gargalos da administração municipal, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) está passando por uma auditoria para identificar os problemas e realizar demissões, diminuindo os custos para a Prefeitura de Goiânia.
“Há muita coisa ilegal, como essas incorporações de salário, gratificações. Estamos fazendo uma auditoria geral para atender ao que o Ministério Público e o Tribunal de Contas dos Municípios estão pedindo, para que possamos fazer as demissões necessárias”, pontuou.
Segundo Mabel, a Comurg será sustentável a partir de maio. Para que isso aconteça, será necessário reduzir os custos em R$ 35 milhões, dos quais R$ 20 milhões já foram cortados.
De acordo com o prefeito, o cálculo para que a companhia seja plenamente sustentável é que sejam cortados R$ 70 milhões.
Investimentos bilionários a partir de 2026
Assim como em outros momentos, Mabel garantiu que, a partir de 2026, a economia feita no primeiro ano de gestão será revertida para obras em Goiânia.
“A partir de 2026, com todas as economias que estamos fazendo, teremos R$ 1 bilhão de investimento por ano”, afirmou.