Homem doa rim para esposa, mas sonho se torna pesadelo após os dois terminarem
Gesto parecia um ato de amor incondicional, mas a reviravolta no casamento transformou a história em um embate jurídico complexo e controverso
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A esposa precisava de um transplante de rim em 2001, e seu marido, um médico dedicado, não hesitou em doar um de seus órgãos para salvá-la.
O casal estava junto desde 1990, e essa atitude foi motivada não apenas pelo amor, mas também pela esperança de fortalecer ainda mais a relação.
Contudo, a história tomou um rumo inesperado: após se recuperar do procedimento, a esposa optou por encerrar o casamento e se envolveu com seu fisioterapeuta.
O resultado? Uma batalha judicial um tanto quanto peculiar.
Homem doa rim para esposa, mas sonho se torna pesadelo após os dois terminarem

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
O caso ocorreu no Condado de Nassau, nos Estados Unidos, e ganhou grande repercussão na época. O médico, que trabalhava em um hospital local, decidiu realizar a doação depois que sua esposa enfrentou duas tentativas malsucedidas de transplante.
O gesto parecia um ato de amor incondicional, mas a reviravolta no casamento transformou a história em um embate jurídico complexo e controverso.
Sentindo-se traído e injustiçado, o médico entrou na Justiça pedindo que a doação fosse levada em consideração na divisão de bens do divórcio.
Para ele, a separação teria sido motivada pela infidelidade da ex-esposa, tornando a situação ainda mais dolorosa.
No entanto, a Suprema Corte do Condado de Nassau foi categórica ao negar o pedido. Segundo a decisão, um órgão doado não pode ser tratado como um bem material, e qualquer tentativa de associá-lo a uma troca financeira é ilegal.
O especialista em ética médica Robert Veatch, do Instituto Kennedy de Ética da Universidade de Georgetown, reforçou o entendimento judicial.
Ele explicou que, após o transplante, o rim passa a pertencer ao receptor, tornando-se parte do corpo da pessoa.
Caso fosse retirado, a ex-esposa precisaria de diálise e poderia até mesmo perder a vida.
Diante da decisão, o médico expressou sua frustração, afirmando que, além da perda do casamento, sentia um vazio irreparável.
Já o fisioterapeuta negou qualquer envolvimento amoroso antes da separação, o que manteve a polêmica ainda mais viva.
Apesar da dor e do sentimento de injustiça, o caso serve como um alerta: doações de órgãos são definitivas, independentemente dos laços emocionais entre doador e receptor.
Afinal, quando se trata de transplantes, não existe devolução.
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