Falsa pediatra que sequestrou recém-nascida em hospital é solta após oito meses de prisão
Profissional foi indiciada por falsidade ideológica e tráfico de pessoas, após dizer aos pais que estava levando a bebê para alimentá-la


Cláudia Soares Alves, neurologista que se passou por pediatra para sequestrar uma recém-nascida em julho de 2024, foi solta pela Justiça de Goiás após oito meses presa em Orizona, no Sul do estado.
O caso aconteceu no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), em Minas Gerais. Apesar disso, a prisão se deu em terras goianas porque ela foi encontrada, no dia seguinte, em Itumbiara – a 135 km da cidade de origem.
A soltura aconteceu na última terça-feira (25), na Unidade Prisional Regional Feminina de Orizona, mas o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) não divulgou o que motivou a liberdade provisória.
Cláudia foi indiciada por tráfico de pessoas e falsidade ideológica, em agosto. Entre as justificativas para isso, estava o fato de a bebê ter sido encontrada na casa da médica, onde também havia vários itens infantis.
Relembre o caso
A neurologista era docente na Faculdade de Medicina da UFU e ministrava aulas no HC. Ela entrou na unidade de saúde com o uso de um crachá, se passando por enfermeira para enganar a segurança.
Vestia jaleco, luvas e máscara facial. Dentro do estabelecimento, a médica alegou ser pediatra para ter acesso à ala da maternidade.
Ali, teria passado por alguns quartos até identificar o da vítima – porque, segundo explicou o delegado de Uberlândia ao Fantástico, na época, ela procurava por uma menina.
Cláudia conseguiu tirar a recém-nascida do quarto ao contar para os pais que a levaria para alimentá-la. Depois disso, ela teria entrado em uma sala sem câmeras e colocado a bebê dentro de uma mochila.
Ao ser questionada dentro do hospital, ela teria respondido que já estava deixando a unidade, pois havia sido informada de que não precisariam dela naquele plantão.
Imagens do circuito de segurança registraram o momento em que ela sai, com a mochila nas costas, e anda em direção ao próprio carro.
O argumento da defesa da acusada é de que ela estava em surto psicótico, porque havia mudado de medicamentos.
Apesar disso, a Polícia Civil revelou que Cláudia estava cadastrada no Sistema Nacional de Adoção, apresentando aptidão psicológica para adotar uma criança.
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