Consumido regularmente pelos brasileiros, esse é o peixe mais venenoso do mundo

É melhor ficar atento, porque não há regulamentações específicas sobre o assunto

Anna Júlia Steckelberg Anna Júlia Steckelberg -
Consumido regularmente pelos brasileiros, esse é o peixe mais venenoso do mundo
(Foto: O rei do Baiacu de Recife Arruda/YouTube)

Imagine saborear um prato delicioso de peixe sem saber que ele carrega um segredo mortal. Parece enredo de filme de suspense, mas é a realidade do baiacu, um dos peixes mais venenosos do planeta, que, surpreendentemente, faz parte da culinária brasileira.

Vamos entender melhor!

Consumido regularmente pelos brasileiros, esse é o peixe mais venenoso do mundo

O baiacu, pertencente à família Tetraodontidae, contém em seus órgãos internos uma toxina chamada tetrodotoxina. Esta substância é extremamente letal e sua ingestão pode levar à paralisia muscular e, em casos graves, à morte por asfixia.

Apesar dos riscos, o baiacu é consumido em diversas regiões do Brasil. As variedades mais comuns por aqui são o baiacu-arara e o baiacu-pintado.

O primeiro possui menor toxicidade e, por isso, é encontrado em mercados de peixe. Já o baiacu-pintado apresenta níveis elevadíssimos de tetrodotoxina e está associado à maioria dos casos de envenenamento no país.

No Japão, o baiacu é conhecido como fugu e é considerado uma iguaria. Seu preparo é realizado por chefs altamente treinados e licenciados, capazes de remover com precisão as partes venenosas do peixe. No Brasil, entretanto, não há regulamentação específica ou treinamento formal para o preparo seguro do baiacu, o que aumenta consideravelmente os riscos de intoxicação alimentar.

Diante dos perigos, é fundamental que os consumidores estejam atentos. Antes de se aventurar a experimentar pratos à base de baiacu, certifique-se da procedência e da expertise de quem o preparou. Afinal, quando se trata desse peixe, a linha entre o prazer gastronômico e o perigo é tênue.

Assim, o baiacu é um exemplo fascinante de como a culinária pode flertar com o perigo. Seu consumo exige cautela e respeito às tradições e técnicas de preparo. Portanto, ao se deparar com essa iguaria, lembre-se: por trás de seu sabor exótico, pode haver um risco letal.

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