A jornada de volta: quando a fé sustenta mais do que a tecnologia

História de Wilmore nos lembra que a vida também nos lança ao “espaço”: crises, esperas, pressões. E, nesses momentos, a fé pode ser o nosso oxigênio

José Fernandes José Fernandes -
A jornada de volta: quando a fé sustenta mais do que a tecnologia
Barry Wilmore é um dos astronautas que ficou nove meses preso no espaço. (Foto: Reprodução)

Atendo pacientes e, por vezes, precisamos do exame de ressonância magnética para o diagnóstico e tratamento. Alguns recusam, alegando que não toleram ficar em um “pequeno buraco” durante a realização do exame.

Vendo essas dificuldades no dia a dia, fiquei intrigado quando li que dois astronautas americanos viveram uma missão que ultrapassou todos os limites da previsão humana. O que seria uma jornada de 8 dias tornou-se 9 meses no espaço, marcada por falhas técnicas, incertezas e isolamento. Fico pensando: como reagiriam esses mesmos pacientes da ressonância magnética em uma missão como essa?

“Eu nunca estive sozinho. Deus estava lá, mesmo nos momentos mais sombrios”, afirmou um dos astronautas, Barry Wilmore, ao retornar. Para ele, os maiores recursos não estavam na engenharia aeroespacial, mas na convicção de que havia um propósito maior sustentando cada segundo daquela missão.

Durante a estadia forçada no espaço sideral, eles enfrentaram vazamentos de hélio, falhas nos propulsores e dúvidas sobre o retorno. Mesmo assim, Wilmore declarou com firmeza: “Está ligado ao meu Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Ele está trabalhando em Seu plano e propósitos para Sua glória por toda a humanidade.”

Wilmore não exaltou apenas a ciência, mas também o crescimento espiritual proporcionado pela crise.

Agora imaginem se, além dos pacientes da ressonância magnética, toda pessoa passasse por um período de isolamento e insegurança como esse — o que aprenderia ao voltar?

A maior viagem, afinal, talvez seja a que fazemos para dentro de nós mesmos.

A história de Wilmore nos lembra que a vida também nos lança ao “espaço”: crises, esperas, pressões. E, nesses momentos, a fé pode ser o nosso oxigênio.

Seja emocionalmente inteligente. Reconheça seus sentimentos, mas não seja dominado por eles. Ao retornar de qualquer “missão difícil” — um luto, uma crise, um fracasso — valorize o essencial: Deus, a vida, a família e o seu propósito.

Siga o Portal 6 no Instagram: @portal6noticias e nas redes sociais e fique por dentro de várias notícias e curiosidades, tudo em tempo real para você!

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

PublicidadePublicidade