Dupla vai a júri popular suspeita de assassinar empresário de Goiânia por dívida de R$ 320 mil

Suspeito tinha uma dívida de R$ 320 com Brunno, que era funcionário terceirizado dele

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Dupla vai a júri popular suspeita de assassinar empresário de Goiânia por dívida de R$ 320 mil
Edgar Silva Primo e Henrique Pacheco de Almeida estão envolvidos no assassinato. (Foto: Divulgação/PC)

Está sendo realizada nesta segunda-feira (14), a audiência do júri popular de Edgar Silva Primo e Henrique Pacheco de Almeida, suspeitos de assassinarem o empresário Brunno Baylão Lobo, com quem Edgar possuía uma dívida de R$ 320 mil.

O julgamento, realizado na 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, é presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.

O crime ocorreu no dia 15 de fevereiro de 2024, em frente à casa da vítima, na Rua Natália Meireles Junqueira, no Residencial Junqueira, região Oeste de Goiânia.

Brunno Baylão Lobo tinha 40 anos. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

À época, Edgar era proprietário da empresa “Laticínio IBL”, que fornecia queijos para a vítima, Brunno Baylão, que, por sua vez, os revendia para redes de supermercados de toda a Região Metropolitana da capital.

A ligação dos dois ia além, uma vez que a vítima também intermediava descontos de cheques do fornecedor com alguns agiotas, levando Edgar a acumular uma dívida de cerca de R$ 320 mil.

Ao perceber o tamanho da situação em que estava envolvido, o empresário contratou Henrique Pacheco para assassinar o “funcionário”, sob a promessa de pagá-lo R$ 15 mil após o crime.

Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), responsável pela denúncia, a dupla teria planejado o crime, com o mandante se responsabilizando por fornecer o armamento para a execução do homicídio, enquanto ele próprio monitorava Brunno.

Eles chegaram até mesmo a tentar realizar uma tentativa de assassinato um dia antes, sendo que Henrique se dirigiu até a empresa da vítima, se passando por “entregador do Mercado Livre”.

No entanto, um funcionário de Brunno desconfiou da conduta, ao ver que o mandante o acompanhava, e mentiu, dizendo que o patrão não estava no local, pedindo apenas que deixasse a encomenda. Ao verificar o conteúdo do pacote, o funcionário constatou que se tratava de uma caixa de máscaras, a qual a vítima nunca havia adquirido.

Nova tentativa

Apesar da tentativa frustrada, a dupla decidiu recalcular o plano e colocá-lo em prática novamente no dia seguinte, quando Edgar realizaria uma nova entrega de queijos para Brunno.

Assim foi feito: no dia 15 de fevereiro de 2024, ainda no início da manhã, às 06h30, a vítima se encontrou com o mandante do assassinato na porta de casa, onde iria receber a suposta entrega dos queijos. Ao mesmo tempo, Henrique, o contratado para a execução, os acompanhava de longe, aguardando em uma motocicleta, portando uma arma de fogo.

Crime foi registrado por câmeras de segurança. (Foto: Reprodução)

Ao retirar o carro da garagem, Brunno foi surpreendido com o assassino, que, sem dizer nada, se aproximou e disparou vários tiros contra ele, o atingindo no rosto, peito e no braço esquerdo — ferimentos que resultaram na morte do empresário.

A dupla chegou a fugir após o crime, mas foi localizada em Inhumas, a cerca de 40 km do local do crime, no dia 06 de março, sendo presa e ficando sob disposição da Justiça por quase um ano, até o dia do julgamento, nesta segunda-feira (14).

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