Harvey Weinstein ficará no hospital durante novo julgamento por estupro

Juiz Paul Goetz ordenou que o famoso fosse transferido para a ala prisional da unidade hospitalar de Bellevue

Folhapress Folhapress -
Harvey Weinstein
Harvey Weinstein (Foto: Reprodução / Captura de tela Youtube)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O magnata do cinema Harvey Weinstein, cuja queda marcou o nascimento do movimento MeToo em 2017, está passando por um novo julgamento pelos crimes de agressão sexual e estupro nesta semana, mas não deverá comparecer ao tribunal. Ele foi transferido de Rikers Island, onde estava preso nos Estados Unidos, para um hospital na cidade de Nova York depois que um juiz autorizou que ele permaneça internado durante o julgamento.

O juiz Paul Goetz ordenou que Weinstein fosse transferido para a ala prisional do Hospital Bellevue na noite desta quinta-feira (17), para receber “tratamento médico necessário”, segundo a Associated Press. A autorização permanece em vigor pelo menos até a próxima semana.
O ex-produtor de Hollywood foi diagnosticado com câncer de medula óssea em 2024. Além do tratamento da leucemia, ele trata doenças como diabetes, doença arterial coronariana e apneia do sono.

No início desta semana, a equipe jurídica de Weinstein entrou com uma petição judicial solicitando sua transferência. Eles alegavam que o ex-produtor estava com “ganho de peso atípico e prejudicial à saúde” e foi “forçado a suportar temperaturas congelantes” em Rikers Island.
Nesse período, o novo julgamento de Weinstein acontece em Nova York. O caso está programado para ser retomado na segunda-feira, com a seleção dos novos jurados, segundo a revista Variety.

Ele será julgado por agressão sexual à ex-assistente de produção Mimi Haleyi em 2006, estupro da aspirante a atriz Jessica Mann em 2013 e por uma nova acusação de suposta agressão sexual em 2006 em um hotel de Nova York.

O julgamento pode durar até seis semanas na Suprema Corte de Manhattan. Weinstein, de 73 anos, espera que o caso seja “analisado com um novo olhar”, quase oito anos após as investigações do The New York Times e da The New Yorker terem levado à sua queda e ao nascimento do movimento MeToo, visto como uma forma de liberar muitas vítimas para se manifestarem contra o abuso sexual no local de trabalho.

Em 2020, Weinstein foi condenado a 23 anos de prisão por agressão sexual e estupro, mas a condenação foi anulada em 2024 por decisão do Tribunal de Apelações de Nova York, por “motivos processuais”.

O julgamento foi considerado falho depois que os depoimentos de três pessoas que não faziam parte das acusações inicialmente foram incluídos. O tribunal os considerou prejudiciais e irrelevantes para o caso e a condenação foi anulada, com um novo julgamento ordenado.

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