Trabalhadores cujo CPF começa com 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9 devem ficar atentos à novidade trazida pelo governo
Proposta em análise pode colocar fim aos tradicionais cartões de vale-refeição e transformar benefício em Pix direto na conta


Milhões de trabalhadores brasileiros podem ser impactados por uma mudança que está sendo estudada pelo Governo Federal e promete causar um verdadeiro reboliço no mercado de benefícios corporativos.
O motivo é uma reformulação no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que prevê o fim dos tradicionais cartões de vale-refeição — aqueles usados diariamente para pagar o almoço em restaurantes, lanchonetes e padarias — e a substituição por depósitos diretos via Pix na conta dos empregados.
A proposta ganhou o apelido de “Pix no Prato” e, se aprovada, permitirá que o benefício seja pago em dinheiro, sem mediação de operadoras.
O objetivo, segundo fontes ligadas ao Ministério do Trabalho, é eliminar taxas, simplificar o processo para as empresas e garantir que o valor integral chegue até o bolso de quem realmente precisa.
A ideia surge em meio ao aumento constante no preço dos alimentos, e é vista por alguns como uma forma de reforçar o poder de compra dos trabalhadores diante da inflação.
Mas nem tudo são flores.
Setor de benefícios critica proposta
A iniciativa desagradou empresas que operam os cartões de benefícios. Entidades como a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) argumentam que o fim do modelo atual pode gerar riscos jurídicos, aumento de encargos trabalhistas e perda da característica de auxílio exclusivo para alimentação.
Além disso, especialistas apontam que, ao receber o dinheiro diretamente, muitos trabalhadores podem acabar utilizando o valor para outras finalidades — como pagar contas atrasadas, fazer compras ou até mesmo apostar online — fugindo completamente da proposta original do PAT, que é garantir uma alimentação adequada durante o expediente.
Outro ponto em debate é o impacto que essa mudança pode causar no comércio. Restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos do setor alimentício hoje são amplamente beneficiados pelos cartões de refeição, que movimentam bilhões todos os anos.
Com o pagamento direto em conta, essa estrutura intermediária pode perder relevância.
E o trabalhador, como fica?
Para muitos trabalhadores, no entanto, o Pix direto é visto como uma solução mais prática e vantajosa. O argumento é simples: menos taxas, mais liberdade e dinheiro integral no bolso.
Ainda não há data para que a proposta seja colocada em prática, mas o governo segue ouvindo os setores envolvidos e deve decidir nos próximos meses qual será o formato final da reformulação.
Enquanto isso, todo mundo com CPF — de 0 a 9 — deve ficar de olho, pois se o projeto for aprovado, o vale-refeição como conhecemos hoje pode estar com os dias contados.
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