Anvisa proíbe comercialização e fabricação de duas marcas de azeite

Segundo a Agência, os azeites dessas marcas apresentavam sérios problemas que colocam em risco a saúde do consumidor

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Anvisa proíbe comercialização e fabricação de duas marcas de azeite
(Foto: Divulgação/ MAPA)

A Anvisa acaba de tomar uma medida importante que impacta diretamente os consumidores brasileiros: proibiu a comercialização, fabricação, distribuição, propaganda e uso de duas marcas de azeite.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e despertou grande alerta. Afinal, azeite é um produto presente na mesa de milhões de pessoas.

Mas você sabe o que motivou essa proibição? E quais os riscos envolvidos?

Anvisa proíbe comercialização e fabricação de duas marcas de azeite

As marcas afetadas pela decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são Alonso e Quintas D’Oliveira.

A ação foi tomada após denúncias do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Em outubro de 2024, o Mapa já havia apreendido lotes desses produtos por conta de diversas irregularidades.

Segundo a Anvisa, os azeites dessas marcas apresentavam sérios problemas que colocam em risco a saúde do consumidor.

Entre os principais motivos, está a origem desconhecida dos produtos, o que torna impossível garantir sua segurança e qualidade.

O que motivou a proibição?

De acordo com a Anvisa, a decisão foi baseada em uma série de infrações legais e sanitárias. As investigações revelaram que os produtos:

  • não cumpriam os padrões exigidos de rotulagem;

  • não atendiam às exigências sanitárias mínimas nas instalações de fabricação;

  • não possuíam licença da autoridade sanitária, nem registro no Ministério da Saúde.

Com tantos problemas, não havia outra alternativa além de proibir completamente a circulação desses azeites no país.

Risco à saúde dos consumidores

A maior preocupação da Anvisa é proteger a saúde da população. Produtos de origem desconhecida podem conter substâncias não declaradas, ingredientes de baixa qualidade ou até componentes prejudiciais.

Por isso, o consumo desses azeites pode representar um risco real à saúde, principalmente pelo fato de não haver qualquer controle sobre sua composição.

O Ministério da Agricultura também destacou esse risco. Em nota divulgada anteriormente, explicou que a incerteza sobre a procedência dos produtos foi decisiva para a ação de retirada do mercado.

Confusão entre marcas: entenda o caso Alonso

É importante esclarecer um ponto que causou dúvidas entre muitos consumidores. Existem duas marcas com o nome Alonso no mercado.

Uma delas, de origem chilena e exportada pela empresa Agrícola Pobena S.A., está regularizada e pode ser comercializada normalmente no Brasil.

A marca proibida, no entanto, é representada pela empresa Comércio de Gêneros Alimentícios Cotinga Ltda., cuja origem é desconhecida e que não tem autorização para fabricar ou vender azeites no país.

Como o consumidor pode se proteger?

A Anvisa orienta os consumidores a verificarem sempre o rótulo dos produtos, procurando informações sobre a origem, o CNPJ do fabricante e o número de registro.

Se notar qualquer irregularidade, a recomendação é não consumir o produto e informar imediatamente aos órgãos de vigilância sanitária da sua cidade.

Além disso, é fundamental comprar azeites apenas em locais confiáveis e de boa reputação.

Preços muito baixos e embalagens suspeitas são sinais de alerta.

Leia também:

Linha de sabonetes é banida dos mercados pela Anvisa

Siga o Portal 6 no Instagram @portal6noticias e fique por dentro de várias notícias e curiosidades em tempo real na rede social!

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

PublicidadePublicidade