Como está a saúde mental dos professores?
Nunca se ouviu falar tanto em afastamentos funcionais, seja por depressão, ansiedade, transtornos de pânico ou síndromes de esgotamento, mas o que está por trás desse panorama?

Precisamos falar sobre saúde mental dos professores e profissionais da educação, tendo em vista o cenário de adoecimento, violência e desamparo que tem cercado esse contexto. Nunca se ouviu falar tanto em afastamentos funcionais, seja por depressão, ansiedade, transtornos de pânico ou síndromes de esgotamento, mas o que está por trás desse panorama?
A busca desmedida por metas imposta pelos sistemas educacionais, ampliando a burocracia com o preenchimento de planilhas, sistemas, tabelas e metas sendo cobradas diariamente por superiores tem provocado um adoecimento coletivo de professores, auxiliares e cuidadoras.
Junto a isso, a tarefa de treinar, treinar e treinar estudantes para as avaliações em larga escala que deságuam na formação dos índices de resultados. Pouco ou nada importa a alfabetização, o letramento, a compreensão, importa agora marcar o (x) no item correto, subir a nota.
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O cenário de esgotamento amplia com a quantidade de estudantes com necessidades específicas distribuídos em turmas, sem o apoio necessário para a construção de uma política de inclusão de qualidade, isso somado a baixa remuneração de cuidadores e profissionais de apoio com jornadas estafantes de até 40 horas semanais atendendo até sete crianças ou adolescentes ao mesmo tempo.
Assim, o adoecimento dos profissionais é iminente.