Para evitar falência, redes de supermercados tomam medidas drásticas
No cenário atual, quem não se adapta, fecha as portas. Literalmente


Quem diria que até os gigantes dos supermercados, que pareciam inabaláveis como carrinhos emperrados de hipermercado, teriam que rever suas estratégias para não sair no prejuízo? Pois é. Com a economia global cambaleando, o setor varejista tem vivido um verdadeiro sacode nos últimos anos. E 2025 veio para escancarar isso de vez.
Com a inflação galopando, o custo de operação nas alturas e o consumidor preferindo comprar sem sair do sofá, redes tradicionais precisaram tomar decisões duras. Fechamentos de lojas, demissões em massa e uma corrida desesperada pela digitalização viraram regra e não exceção.
Para evitar falência, redes de supermercados tomam medidas drásticas
Na Espanha, a rede Alcampo, pertencente ao grupo francês Auchan, anunciou o fechamento de 25 lojas e a redução de espaço físico em 15 hipermercados. Cerca de 710 funcionários devem ser afetados, uma baixa de 3% no time. Tudo isso para tentar acompanhar a mudança nos hábitos de consumo, que agora priorizam conveniência, preços baixos e proximidade.
Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, a rede Daily Table decidiu fechar todas as suas lojas. Fundada em 2015 com o nobre propósito de oferecer comida saudável e acessível, a rede não resistiu à falta de financiamento e à pressão dos custos operacionais. Mesmo com mais de 3 milhões de clientes atendidos, a missão virou história.
Mas afinal, por que isso está acontecendo?
O modelo tradicional de hipermercado vem perdendo espaço para formatos menores, lojas de bairro e plataformas digitais. A lógica do “compre perto, compre rápido” venceu a do “pegue um carro e vá ao atacadão”.
Além disso, manter grandes estruturas ficou caro demais. Energia, transporte, aluguel, folha de pagamento… Tudo pesa. E quando o consumidor está com o bolso mais vazio, a matemática não fecha.
O que estão fazendo para sobreviver?
As redes estão investindo pesado em e-commerce, otimizando lojas, apostando em self-checkouts, renegociando com sindicatos e até cortando unidades deficitárias. Tudo isso para se manterem no jogo.
O futuro dos supermercados passa por se reinventar. E, no cenário atual, quem não se adapta, fecha as portas. Literalmente.
Siga o Portal 6 no Instagram @portal6noticias e fique por dentro de todas as notícias e curiosidades!