AGR prefere o silêncio a enfrentar publicamente os problemas do transporte intermunicipal em Goiás
Enquanto isso, passageiros recorrem a alternativas precárias — como lotações clandestinas e viagens acionadas por aplicativos de caronas não regulamentadas


Enquanto a população goiana enfrenta reduções drásticas nas rotas de ônibus intermunicipais, a Agência Goiana de Regulação (AGR), órgão responsável por fiscalizar o setor, mantém-se em silêncio — seja por omissão, seja por incapacidade de ação.
O Portal 6 buscou respostas da autarquia sobre o cenário crítico em municípios como Goianápolis, onde não apenas houve corte de horários, mas também a extinção de viagens aos domingos.
Em vez de esclarecimentos, a agência limitou-se a indicar o edital de chamamento público em seu site, ignorando questionamentos essenciais como a escassez de horários, a ausência de linhas aos finais de semana e o aumento abusivo das tarifas.
Enquanto isso, passageiros recorrem a alternativas precárias — como lotações clandestinas e viagens acionadas por aplicativos de caronas não regulamentadas, como o Blablacar.
Mais cidades com problemas no transporte intermunicipal
Longe de ser isolado, o problema já se espalha por cidades como Inhumas, Abadiânia e Catalão, onde linhas inteiras foram reduzidas ou extintas.
Nas redes sociais, a revolta é evidente: usuários acusam a AGR de manter concessões com empresas ineficientes, enquanto veículos sucateados e superfaturados continuam nas estradas.
“A AGR não revoga concessões nem abre espaço para empresas competentes”, desabafou um morador de Catalão, na publicação do Portal 6 no Instagram que mostrou o drama vivido pela população de Goianápolis.
Outros tantos de municípios variados ecoaram o mesmo sentimento de insatisfação e impotência.
Intervenção em importante avenida de Anápolis divide opiniões
Enquanto isso, a Prefeitura de Anápolis enfrenta um mix de críticas e elogios pela alteração no fluxo da Avenida Mato Grosso com o bloqueio dos acessos a ruas laterais.
A via liga o bairro Jundiaí à adensada região Leste da cidade.
Uma divisão de concreto entre os dois sentidos da via surgiu da noite para o dia, pegando de surpresa moradores e motoristas que passam pela região.
Quem dirige achou ruim, quem mora nas mediações gostou.
Porém, parece haver um consenso: a intervenção não foi previamente comunicada e os anapolinos não gostam de surpresas.
Goiânia tem meta ambiciosa para aumento da reciclagem
Em contraste com os problemas logísticos, a capital goiana traça um plano ousado: saltar de 1,8% para 10% na reciclagem de resíduos até 2026, com meta de 50% até 2033.
O Movimento Reciclar, lançado nesta segunda-feira (30), reúne governo, prefeitura e iniciativa privada em um esforço para transformar as 360 toneladas diárias de materiais recicláveis em solução — e não em passivo ambiental.
Novos horizontes econômicos para Luziânia e Catalão
Enquanto Luziânia estuda a chegada de uma linha ferroviária que ligará o município a Brasília — aliviando o caótico tráfego rodoviário —, Catalão prepara-se para um investimento bilionário da Mitsubishi.
Os R$ 4 bilhões previstos para a HPE Automotores até 2032 equivalem a quase metade do PIB municipal, prometendo alavancar desenvolvimento e empregos.
Nota 10
Para o time da FGR Incorporações, que em poucas horas após o lançamento na última semana vendeu todas as unidades do “Jardins Grécia” — o mais novo e luxuoso prédio residencial que será erguido em Goiânia.
Nota Zero
Para o prefeito Sandro Mabel (UB) pela desnecessária discórdia que lançou publicamente contra deputados estaduais ‘que votarem contra Goiânia’. Parece que sabe que não vai conseguir renovar o status de calamidade financeira da capital e jogou a toalha.