A verdade identidade da mulher que dizia ser juíza, promotora e chefe de Interpol

A situação ganhou repercussão nacional e serve como alerta sobre os riscos do uso de identidades falsas

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
A verdade identidade da mulher que dizia ser juíza, promotora e chefe de Interpol
(Foto: Reprodução/TV Globo)

A história da mulher presa com documentos falsos em Mossoró chamou a atenção do país e levantou muitas dúvidas sobre como ela conseguiu se passar por tantas autoridades.

O caso, que parece roteiro de filme, revela detalhes surpreendentes sobre uma pessoa que se apresentava como juíza, promotora, desembargadora, advogada, chefe da Interpol e até “guardiã da democracia mundial”.

A situação ganhou repercussão nacional e serve como alerta sobre os riscos do uso de identidades falsas.

A verdade identidade da mulher que dizia ser juíza, promotora e chefe de Interpol

A mulher presa com documentos falsos foi identificada como Célia Soares de Brito. Ela viajava em um carro de aplicativo acompanhada da mãe e da filha quando o motorista desconfiou das diferentes versões que ela apresentava sobre sua identidade. Além disso, a quantidade de bagagens para uma viagem curta levantou ainda mais suspeitas.

O condutor decidiu procurar apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em um posto localizado na BR-304, na saída de Mossoró para Fortaleza. Foi nesse momento que a farsa começou a ser desmascarada.

Documentos inconsistentes

Durante a abordagem, a mulher apresentou diversos documentos, mas muitos tinham indícios claros de falsificação. Entre eles, estava uma carteira da OAB sem chip e com informações inconsistentes. Ao checar, as autoridades descobriram que a inscrição pertencia a um advogado regularmente cadastrado no estado do Paraná. Também foram encontrados certificados falsos de posse em cargos públicos.

O celular da mulher presa com documentos falsos foi apreendido para investigação. Já a mãe e a filha que a acompanhavam foram ouvidas e liberadas em seguida.

Audiência de custódia

Na quinta-feira, 21, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN) realizou a audiência de custódia. A decisão foi pela concessão de liberdade provisória mediante pagamento de fiança de dois salários mínimos. No entanto, a mulher passou a responder a medidas cautelares, como não se ausentar de São Paulo por mais de oito dias sem autorização e comparecer a todos os atos do processo.

O que diz a lei

A mulher foi autuada em flagrante pelo crime de uso de documento falso, previsto no Código Penal. Esse tipo de conduta é considerada grave e pode gerar penas de reclusão, além de restrições impostas pela Justiça. Agora, a Polícia Civil dará continuidade às investigações para esclarecer como ela produziu ou obteve esses documentos e se há outras pessoas envolvidas.

Repercussão e alerta

Casos como o dessa mulher presa com documentos falsos mostram a importância da verificação de informações e do cuidado em situações do dia a dia. Afinal, a criatividade dos golpes pode surpreender até os mais atentos. Especialistas destacam que, em tempos de excesso de informação, é fundamental checar sempre a veracidade de credenciais e documentos apresentados, seja em relações pessoais, seja em ambientes profissionais.

A prisão dessa mulher em Mossoró não é apenas um caso policial curioso. Ela levanta discussões sobre segurança, confiança e responsabilidade social. Além disso, reforça o papel das autoridades em combater fraudes e proteger os cidadãos contra práticas que colocam em risco a credibilidade de instituições e a vida de pessoas comuns.

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Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com o Portal 6 desde 2022, atuando principalmente nas editorias de Comportamento, Utilidade Pública e temas que dialogam diretamente com o cotidiano da população.

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