Conheça a cidade goiana que ganhou o título de “Princesa do Vale”

Com vocação agroindustrial e base no setor de cana, açúcar e etanol, município mantém crescimento e impacto sobre cidades vizinhas

Anna Júlia Steckelberg Anna Júlia Steckelberg -
Goianésia
Imagem mostra foto aérea da cidade de Goianésia. (Foto: Reprodução)

No coração do Vale do São Patrício, pulsa uma cidade que não se contentou em apenas existir: ela quis brilhar.

Goianésia, carinhosamente coroada como a “Princesa do Vale”, não ganhou esse título por acaso: é resultado de uma história marcada pela transformação, números expressivos e uma influência que ultrapassa seus próprios limites.

A cidade surgiu a partir de grandes fazendas, como Calção de Couro e São Bento, onde o mineiro Laurentino Martins Rodrigues comprou terra em 1943 e, décadas depois, impulsionou a emancipação política do povoado em 24 de junho de 1953.

Do cultivo inicial de café até a crise que o abateu, Goianésia se reergueu na década de 1970 ao apostar na cana-de-açúcar, com a instalação da Usina Monteiro de Barros, a destilaria Goianésia Álcool (1980) e hoje com Jalles Machado, Unidade Otávio Lage e Codora Energia, segundo a Prefeitura de Goianésia.

Esse motor agroindustrial não só aqueceu a economia local como gerou milhares de empregos diretos e indiretos, firmando a cidade como polo regional.

Segundo o IBGE, em 2022 Goianésia tinha 73.707 habitantes, e já é estimada em torno de 77.014 em 2025, consolidando-se como o município mais populoso do seu vale. Sua área é de cerca de 1.547 km², com clima tropical úmido e planalto de altitude média de 641 m.

Entenda porque Goianésia é conhecida como “Princesa do Vale”

Mas por que “Princesa do Vale”? Porque, entre os 23 municípios daquela região, Goianésia desponta como o principal centro de desenvolvimento e economia, com vocação agroindustrial, especialmente demanda por cana, açúcar e etanol, que sustentam sua influência, e infraestrutura de serviços e comércio robusta o suficiente para impactar cidades vizinhas, segundo a Alego.

Essa posição de destaque também se reflete em sua expressiva expansão econômica: entre 2006 e 2021, o PIB municipal teve um crescimento nominal de 178,8 %, o segundo maior da região intermediária; o PIB per capita gira em torno de R$ 26,2 mil, com o valor global chegando a aproximadamente R$ 1,9 bilhão.

Para o visitante curioso, Goianésia oferece mais do que números: oferece cultura viva, hospitalidade marcada e um passado preservado com carinho.

O Museu Histórico Mário Augusto Alves, instalado no Centro Cultural Berchiolina Rodrigues desde 2008, conta essa trajetória com acervo gratuito e adaptado para acessibilidade. O hino municipal até exalta essa sensação de “doce energia da cana plantada aos pés da montanha” e reafirma o nome “Princesa do Vale do São Patrício” com orgulho.

Em resumo, Goianésia é uma cidade que plantou seu futuro com persistência, consolidando-se como força regional, atraindo gente, negócios e cultura. Uma princesa, sim, mas que reina à base de trabalho, planejamento e alma goianesiense. Quem chega por ali, se encanta, e entende por que ela recebeu esse apelido com tanto merecimento.

Siga o Portal 6 no Instagram: @portal6noticias e fique por dentro das últimas notícias!

Anna Júlia Steckelberg

Anna Júlia Steckelberg

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com Portal 6 desde 2021.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

Publicidade