Em Anápolis, o fogo tem sido inimigo

No longo prazo, enfrentar o problema passa por mudanças estruturais

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Fogo atinge área em Goiás. (Foto: Divulgação/CBMGO)
Fogo atinge área em Goiás. (Foto: Divulgação/CBMGO)

As queimadas na região de Anápolis têm se mostrado um grave problema ambiental, atingindo nosso Cerrado e devastando fauna e flora, ações em grande parte causadas por humanos. O fogo provoca danos a biodiversidade, afeta a qualidade do ar, amplia as mudanças climáticas e impacta a saúde humana.

Segundo dados oficiais, em 2024 no Brasil a área queimada superou a média histórica de acordo com dados do MapBiomas e INPE, o que provocou alteração dos ciclos hídricos e degradação do solo, além da emissão de grandes quantidades de gases de efeito estufa, multiplicando as mudanças climáticas.

A quantidade enorme de fumaça das queimadas afeta a qualidade do ar, expondo as pessoas a toxicidade e causando doenças respiratórias, cardiovasculares e entre outros, especialmente em grupos frágeis como crianças, idosos e gestantes.

Os incêndios não atingem apenas a biodiversidade ou a saúde das pessoas; eles também geram expressivos prejuízos econômicos. Áreas produtivas acabam comprometidas, e o poder público e a iniciativa privada arcam com elevados custos no combate ao fogo e na recuperação ambiental. Nesse contexto, fortalecer a fiscalização e aplicar a legislação de forma mais rígida constituem medidas indispensáveis para garantir a preservação das florestas.

No longo prazo, enfrentar o problema passa por mudanças estruturais: investir em energias renováveis e reduzir progressivamente a dependência de combustíveis fósseis são iniciativas que atacam diretamente as raízes da crise climática, fator que tem potencializado a ocorrência e a gravidade das queimadas.

A conscientização social também desempenha papel central. Mais do que conhecer os riscos, a população precisa adotar práticas preventivas, como descartar corretamente o lixo e abandonar o uso do fogo na limpeza de terrenos ou pastagens. Quando houver focos próximos, torna-se necessário proteger-se da fumaça mantendo portas e janelas fechadas, utilizar máscaras adequadas e, se a situação exigir, evacuar a área em segurança.

Professor Marcos

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Marcos Carvalho é professor, psicólogo e servidor público federal. Atualmente, vereador em Anápolis pelo Partido dos Trabalhadores. Escreve todas às terças-feiras

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