MP arquiva inquérito da morte de estudante que caiu de ônibus no Eixo Anhanguera

Jovem era estudante de enfermagem e teria se desequilibrado em veículo e caído no lado de fora, na rua

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
MP arquiva inquérito da morte de estudante que caiu de ônibus no Eixo Anhanguera
Imagem mostra vítima (de branco) no momento do caso. (Foto: Reprodução)

Três anos após a estudante de enfermagem Leidiane Teixeira da Cruz, aos 28 anos, morrer vítima de uma queda de ônibus da Metrobus no Eixo Anhanguera, em Goiânia, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) decidiu arquivar o inquérito que apurava o falecimento da jovem.

Conforme o O Popular, a promotora em substituição na 68ª Promotoria de Justiça de Goiânia, Beatriz Abujamra, concordou com o parecer da Polícia Civil (PC), que afirmou que a responsabilidade da causa da morte foi tanto da empresa de ônibus – Metrobus – quanto da própria vítima. Com isso, não foi possível individualizar a culpa para que uma denúncia formal fosse formalizada.

O caso aconteceu em 17 de agosto de 2022, quando a estudante acabou se desequilibrando no momento em que o motorista fez uma curva acentuada. Ao encostar em uma das portas, a estrutura abriu e a vítima caiu na rua. Ela não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Conforme o inquérito, a promotora apontou que a morte ocorreu “pela falta de reparos no veículo em conjunto com a falta de atenção da vítima que viajava em pé, sem se segurar nos dispositivos de segurança, em ‘local de risco potencial’ (no limite da escada de cadeirante), desequilibrando-se e sendo lançada contra a porta”, o que levou ao arquivamento dos autos.

Ela também destacou que o motorista não teve responsabilidade pelo acidente, pois, segundo depoimento de testemunhas, ele conduzia o veículo em uma velocidade compatível com a via e prestou socorro imediato.

A responsabilidade de manutenção era da Metrobus e de uma oficina terceirizada e que, para ela, está “amplamente demonstrado pelos relatórios de vistoria e ordens de serviço”.

A promotora argumentou que “não foi possível atribuir com segurança a prática de crime a pessoa determinada, haja vista que os relatórios internos apontam diversos profissionais responsáveis por inspeções e reparos, sem prova de dolo ou culpa individualizada”.

Vale salientar que, no momento, tramita um processo na esfera cível em sigilo no qual a família de Leidiane cobra indenização da Metrobus.

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Gabriella Pinheiro

Gabriella Pinheiro

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, está sempre atenta aos temas que impactam o dia a dia da população. Começou como estagiária no Portal 6 e, com dedicação e olhar apurado, chegou à editoria. Tem interesse especial na prestação de serviços, mas não dispensa uma boa reportagem ou uma história bem contada.

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