O mundo precisa conhecer Murilo Henrique Parreira: o Pinóquio do espetáculo da Apae
"Chorei quando vi o vídeo do espetáculo em que ele falava que o sentido da vida é amar"

O ator que interpretou Pinóquio no espetáculo da Apae esta semana se chama Murilo, tem 20 anos, está concluindo o Ensino Médio no Colégio São Francisco de Assis e dentre outras coisas, é um jovem com Síndrome de Down.
Uma de suas áreas de interesse é a culinária. Gosta de preparar risoto de camarão. No momento está estudando culinária na Apae, espaço de saberes e onde se descobriu ator.
Na última quarta-feira (12), chorei quando vi o vídeo do espetáculo em que ele falava que o sentido da vida é amar. No livro do Pinóquio, um trecho sempre me marcou: “se você provar que é valente, sincero e generoso, um dia será um menino de verdade”. Na busca para ser um menino de verdade, Pinóquio acaba ensinando que não existe transformação maior do que se perceber perfeito e amado de qualquer jeito.
Silma, a mãe de Murilo e ele, estiveram na presidência da Câmara Municipal dias antes do espetáculo para um convite especial. Falaram do espetáculo como resultado da transformação que a Apae é em suas vidas. A história deles me fez pensar em Silma como um exemplo de mãe que quero ser.
“Cada ensaio exigiu paciência e compreensão, mas cada passo também me mostrou o quanto ele é capaz quando encontra um ambiente que o acolhe. Às vezes o desafio não está neles, mas em nós, adultos, que precisamos aprender a confiar mais no potencial deles”, contou.
Como presidente da Câmara Municipal tenho aprendido todos os dias com vereadores que vivem realidades como a de Silma: Fred Godoy e Reamilton do Autismo. Com eles, criamos a Procuradoria da Pessoa com Deficiência e temos refletido como a política pode contribuir de verdade com a vida dessas crianças e de suas famílias. Hoje eu só queria falar sobre essas pessoas: Silma e Murilo, mas também de tantas outras que tenho conhecido pelas ruas da nossas cidade. Exemplos de que a vida é boa, que devemos valorizar as famílias atípicas e incentivar as instituições como a Apae, a Pestalozzi e a Casa Joana.
A todos os envolvidos em instituições de educação especial e, claro, aos profissionais que atuam em unidades tradicionais atendendo crianças especiais, meu reconhecimento.
Andreia Rezende é advogada e vereadora. Atualmente preside a Câmara Municipal de Anápolis. Siga-a no Instagram @andreiavereadora_/







