A praia mais letal do mundo já foi considerada um paraíso, mas hoje assusta com ondas que avançam sem aviso

Um dos destinos mais icônicos, até em séries da televisão, esconde um perigo discreto e mortal que já deixou feridos e mortos

Gabriel Yuri Souto Gabriel Yuri Souto -
A praia mais letal do mundo já foi considerada um paraíso, mas hoje assusta com ondas que avançam sem aviso
(Foto: Reprodução/Redes sociais)

No extremo sul da Islândia, a praia de Reynisfjara seduz com sua areia negra vulcânica, colunas de basalto impressionantes e vistas cinematográficas — cenário digno de episódios de “Game of Thrones”.

Mas, por trás dessa beleza quase surreal, há um “demônio silencioso”: ondas traiçoeiras conhecidas como sneaker waves, que avançam sem aviso e já provocaram diversas tragédias, segundo relatos da mídia internacional e de pessoas nas redes sociais.

Perigo escondido no paraíso

As sneaker waves são ondas furtivas que se formam quando várias ondas menores se combinam em uma única, poderosa e inesperada, capaz de invadir a praia com força impressionante.

Essas ondas surgem ainda mais perigosas em Reynisfjara por causa da topografia submarina: há um desnível no fundo do mar que favorece a erosão e a força das ondas.

Segundo dados reunidos entre 2014 e 2022, houve 12 chamados de emergência para a praia — e, em pelo menos cinco desses casos, as vítimas não sobreviveram.

Em agosto de 2025, tragicamente, uma menina de nove anos foi arrastada por uma dessas ondas vindo de uma caverna na praia e perdeu a vida.

Além disso, há correntezas fortes e água gelada, o que dificulta os resgates. Uma vez dentro da água, a força do mar torna quase impossível voltar à margem com segurança.

Medidas de segurança e lições humanas

As autoridades islandesas não ignoraram essas tragédias. Um sistema de sinalização com luzes — parecido com semáforos — passou a indicar zonas de risco conforme a intensidade das ondas: verde, amarelo ou vermelho.

Quando a luz vermelha acende, os visitantes são alertados a manter distância e evitar partes especialmente perigosas da praia.

Além disso, placas em vários idiomas, câmeras para monitoramento das waves e orientação para que os turistas fiquem a pelo menos 30 metros da água são algumas das medidas recomendadas.

A parte leste da praia, mais vulnerável a deslizamentos e ondas, chegou a ser fechada permanentemente por conta dos riscos.

Mas nem sempre segurança é sinônimo de atenção: muitos visitantes ignoram os avisos, se aproximam demais para tirar fotos e subestimam o perigo.

Reynisfjara continua fascinante e atrai milhares de turistas por ano.

Mas sua reputação de “paraíso mortal” é um lembrete potente: a natureza pode ser bela, mas também implacável. Se você planeja visitar — ou apenas se inspirar por fotos — é fundamental respeitar os limites e levar a sério todos os alertas.

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Gabriel Yuri Souto

Gabriel Yuri Souto

Redator e gestor de tráfego. Especialista em SEO.

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