Líder de torcida do ensino médio fica paralítica aos 16 anos após ‘aventura divertida’ em encontro duplo

Um passeio que mudou a vida de uma jovem e hoje sua história representa coragem e recomeço

Gabriel Yuri Souto Gabriel Yuri Souto -
Líder de torcida do ensino médio fica paralítica aos 16 anos após ‘aventura divertida’ em encontro duplo
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Quando você pensa em um passeio entre amigos, provavelmente vem à cabeça sol, risadas, o vento batendo no rosto — não uma batida, um giro violento e o som de ossos quebrando.

oi exatamente esse final inesperado que transformou, para sempre, a vida de Emily Traveller, líder de torcida no ensino médio, aos 16 anos. O que começou como um encontro duplo descontraído terminou com uma lesão na medula espinhal e anos de recuperação.

O erro que virou destino

Na primavera norte-americana — quase época de formatura — Emily e uma amiga decidiram, de última hora, aceitar um convite para um passeio de UTV (um veículo tipo buggy, modelo popularmente chamado de “Razor”) nas dunas de areia.

“Parecia uma aventura divertida”, contou ela à People em entrevista por Zoom. Levaram lanches, marshmallows e boa disposição para uma escapada de duas horas.
People.com

Mas ao voltar, Emily — descrente de que seria apenas uma curta trajeto — optou por não usar o cinto de segurança. Poucos segundos depois, o veículo bateu em uma colina, capotou quatro vezes e a gaiola de proteção a atingiu. Resultado: fratura nas vértebras C5 a C7 e danos na medula em C4. “Acordei e não sentia nada”, lembrou.

Transportada por helicóptero para o Utah Valley Hospital, passou por cirurgia urgente. Quando recobrou a consciência, não conseguia respirar sozinha — primeiro grande choque: entender que a própria vida acabara de mudar. “Não imaginava o que viver em uma cadeira de rodas significava”, disse.

Recomeço, dor e reconstrução

Vieram dias de luta para reaprender funções básicas — respirar, engolir, tossir. Depois, transfere-la­ram para o Craig Hospital, no Colorado, centro de referência em reabilitação da medula espinhal. Por quatro meses, Emily sujeitou-se a fisioterapia intensa: inicialmente, apenas erguer um braço era vitória.

Em suas palavras: “Achei que minha vida tinha acabado.” Mas a vida, de fato, mudara — e ela precisou reaprender a viver. A cada pequeno progresso — usar um canudo, movimentar um dedo —, veio um sopro de esperança. “Provei que estava errada”, disse ao relembrar a sensação de tomar um smoothie após dias com sonda de alimentação.

Hoje, aos 20 anos, Emily redirecionou a dor em propósito. Com mais de 600 mil seguidores no TikTok e quase 200 mil no Instagram, ela compartilha os altos e baixos da rotina em cadeira de rodas — as recaídas e as vitórias. Viaja para dar palestras, visita crianças em hospitais, colabora com moda adaptada e trabalha em um livro com a mãe.

“Ser paralítico não significa que você não possa ter uma vida maravilhosa. É só diferente.” A frase, repetida vezes seguidas, virou seu mantra. Talvez hoje Emily não esteja mais torcendo nas arquibancadas de jogos de futebol americano — mas ela levanta torcidas diferentes: a de quem luta para transformar limitação em força.

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Gabriel Yuri Souto

Gabriel Yuri Souto

Redator e gestor de tráfego. Especialista em SEO.

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