Líder de torcida do ensino médio fica paralítica aos 16 anos após ‘aventura divertida’ em encontro duplo
Um passeio que mudou a vida de uma jovem e hoje sua história representa coragem e recomeço

Quando você pensa em um passeio entre amigos, provavelmente vem à cabeça sol, risadas, o vento batendo no rosto — não uma batida, um giro violento e o som de ossos quebrando.
oi exatamente esse final inesperado que transformou, para sempre, a vida de Emily Traveller, líder de torcida no ensino médio, aos 16 anos. O que começou como um encontro duplo descontraído terminou com uma lesão na medula espinhal e anos de recuperação.
O erro que virou destino
Na primavera norte-americana — quase época de formatura — Emily e uma amiga decidiram, de última hora, aceitar um convite para um passeio de UTV (um veículo tipo buggy, modelo popularmente chamado de “Razor”) nas dunas de areia.
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“Parecia uma aventura divertida”, contou ela à People em entrevista por Zoom. Levaram lanches, marshmallows e boa disposição para uma escapada de duas horas.
People.com
Mas ao voltar, Emily — descrente de que seria apenas uma curta trajeto — optou por não usar o cinto de segurança. Poucos segundos depois, o veículo bateu em uma colina, capotou quatro vezes e a gaiola de proteção a atingiu. Resultado: fratura nas vértebras C5 a C7 e danos na medula em C4. “Acordei e não sentia nada”, lembrou.
Transportada por helicóptero para o Utah Valley Hospital, passou por cirurgia urgente. Quando recobrou a consciência, não conseguia respirar sozinha — primeiro grande choque: entender que a própria vida acabara de mudar. “Não imaginava o que viver em uma cadeira de rodas significava”, disse.
Recomeço, dor e reconstrução
Vieram dias de luta para reaprender funções básicas — respirar, engolir, tossir. Depois, transfere-laram para o Craig Hospital, no Colorado, centro de referência em reabilitação da medula espinhal. Por quatro meses, Emily sujeitou-se a fisioterapia intensa: inicialmente, apenas erguer um braço era vitória.
Em suas palavras: “Achei que minha vida tinha acabado.” Mas a vida, de fato, mudara — e ela precisou reaprender a viver. A cada pequeno progresso — usar um canudo, movimentar um dedo —, veio um sopro de esperança. “Provei que estava errada”, disse ao relembrar a sensação de tomar um smoothie após dias com sonda de alimentação.
Hoje, aos 20 anos, Emily redirecionou a dor em propósito. Com mais de 600 mil seguidores no TikTok e quase 200 mil no Instagram, ela compartilha os altos e baixos da rotina em cadeira de rodas — as recaídas e as vitórias. Viaja para dar palestras, visita crianças em hospitais, colabora com moda adaptada e trabalha em um livro com a mãe.
“Ser paralítico não significa que você não possa ter uma vida maravilhosa. É só diferente.” A frase, repetida vezes seguidas, virou seu mantra. Talvez hoje Emily não esteja mais torcendo nas arquibancadas de jogos de futebol americano — mas ela levanta torcidas diferentes: a de quem luta para transformar limitação em força.
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