Descubra porque muitas donas de casa estão colocando arroz cru no banheiro

Apesar de parecer apenas uma dica caseira curiosa, existe ciência por trás dessa prática

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Descubra porque muitas donas de casa estão colocando arroz cru no banheiro
(Foto: Reprodução/ Mart Production/Pexels)

Em muitas casas, é comum encontrar um copinho ou pote de arroz cru dentro do banheiro. O costume, passado de geração em geração, promete reduzir a umidade e prevenir aquele cheiro desagradável de mofo que costuma aparecer em ambientes fechados.

E, apesar de parecer apenas uma dica caseira curiosa, existe ciência por trás dessa prática — ainda que seus efeitos não sejam tão milagrosos quanto se imagina.

O arroz cru realmente possui a capacidade de absorver vapor d’água, mas sua eficiência depende de vários fatores. Em alguns casos, ele funciona como um desumidificador improvisado; em outros, pode ser insuficiente ou até contraproducente. Entenda como o método funciona, quando vale a pena usar e quais cuidados são necessários.

Por que o arroz absorve umidade?

O arroz é um material higroscópico, ou seja, tem a capacidade natural de atrair e reter moléculas de água presentes no ar. Quando o vapor entra em contato com os grãos secos, parte dessa umidade é absorvida e fica presa em sua estrutura.

Esse processo libera uma pequena quantidade de calor e pode reduzir ligeiramente a umidade local.

Pesquisas que analisam o comportamento de grãos em ambientes úmidos confirmam esse fenômeno, que é utilizado inclusive em métodos artesanais de secagem em pequena escala.

Quando o truque realmente funciona?

Embora não substitua equipamentos profissionais, o arroz pode ajudar em situações específicas:

– Reduz umidade em espaços muito pequenos, como banheiros minúsculos ou armários fechados.

– Diminui odores temporariamente, já que ao absorver vapor ele também reduz o ambiente propício ao mofo.

– É barato, acessível e não tóxico, ideal para quem busca uma solução improvisada.

Nesses cenários, o arroz funciona como uma medida paliativa — não elimina o problema, mas ameniza seus efeitos.

Limitações e mitos sobre o famoso pote de arroz

A popularidade da técnica costuma exagerar sua eficácia. Confira os principais pontos de atenção:

1. Não compete com dessecantes comerciais

Apesar de absorver umidade, o arroz tem desempenho inferior quando comparado a sílica gel e produtos desumidificadores vendidos no mercado. Esses materiais são projetados para extrair vapor de forma constante e muito mais eficiente.

2. Resultados variam de acordo com o tipo de arroz

Arroz branco, integral, basmati ou em flocos possuem estruturas diferentes e absorvem água em ritmos distintos. Isso significa que o efeito do “potinho de arroz” pode mudar bastante dependendo do tipo usado.

3. Não resolve problemas sérios de umidade

Se há vazamento, infiltração ou ventilação precária, o arroz não fará diferença. O máximo que ele consegue é aliviar temporariamente sintomas, não eliminar a causa.

Quando faz sentido usar:

– Para uma solução rápida, barata e temporária.

– Em banheiros pequenos, gavetas, armários ou nichos fechados.

– Se você está disposto a trocar o arroz a cada 1–2 semanas para evitar insetos ou bolor.

Quando NÃO usar:

– Em casos de umidade crônica, que exigem exaustor, reparo estrutural ou um desumidificador elétrico.

– Para proteger eletrônicos ou objetos sensíveis, já que o arroz é muito menos eficiente que sílica gel.

– Se houver risco de atrair insetos ou se o ambiente apresentar grandes variações de umidade.

Apesar de simples, o método tem fundamento — desde que usado com consciência e sem expectativas irreais. Em muitos lares, o potinho de arroz continua sendo um aliado improvisado para combater o mofo, mas não substitui soluções mais robustas quando o problema é maior.

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Isabella Valverde

Isabella Valverde

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, com passagens por veículos como a TV Anhanguera, afiliada da TV Globo no estado. É editora do Portal 6 e especialista em SEO e mídias sociais, atuando na integração entre jornalismo de qualidade e estratégias digitais para ampliar o alcance e o engajamento das notícias.

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