Descubra porque muitas donas de casa estão colocando arroz cru no banheiro
Apesar de parecer apenas uma dica caseira curiosa, existe ciência por trás dessa prática
Em muitas casas, é comum encontrar um copinho ou pote de arroz cru dentro do banheiro. O costume, passado de geração em geração, promete reduzir a umidade e prevenir aquele cheiro desagradável de mofo que costuma aparecer em ambientes fechados.
E, apesar de parecer apenas uma dica caseira curiosa, existe ciência por trás dessa prática — ainda que seus efeitos não sejam tão milagrosos quanto se imagina.
O arroz cru realmente possui a capacidade de absorver vapor d’água, mas sua eficiência depende de vários fatores. Em alguns casos, ele funciona como um desumidificador improvisado; em outros, pode ser insuficiente ou até contraproducente. Entenda como o método funciona, quando vale a pena usar e quais cuidados são necessários.
Por que o arroz absorve umidade?
O arroz é um material higroscópico, ou seja, tem a capacidade natural de atrair e reter moléculas de água presentes no ar. Quando o vapor entra em contato com os grãos secos, parte dessa umidade é absorvida e fica presa em sua estrutura.
Esse processo libera uma pequena quantidade de calor e pode reduzir ligeiramente a umidade local.
Pesquisas que analisam o comportamento de grãos em ambientes úmidos confirmam esse fenômeno, que é utilizado inclusive em métodos artesanais de secagem em pequena escala.
Quando o truque realmente funciona?
Embora não substitua equipamentos profissionais, o arroz pode ajudar em situações específicas:
– Reduz umidade em espaços muito pequenos, como banheiros minúsculos ou armários fechados.
– Diminui odores temporariamente, já que ao absorver vapor ele também reduz o ambiente propício ao mofo.
– É barato, acessível e não tóxico, ideal para quem busca uma solução improvisada.
Nesses cenários, o arroz funciona como uma medida paliativa — não elimina o problema, mas ameniza seus efeitos.
Limitações e mitos sobre o famoso pote de arroz
A popularidade da técnica costuma exagerar sua eficácia. Confira os principais pontos de atenção:
1. Não compete com dessecantes comerciais
Apesar de absorver umidade, o arroz tem desempenho inferior quando comparado a sílica gel e produtos desumidificadores vendidos no mercado. Esses materiais são projetados para extrair vapor de forma constante e muito mais eficiente.
2. Resultados variam de acordo com o tipo de arroz
Arroz branco, integral, basmati ou em flocos possuem estruturas diferentes e absorvem água em ritmos distintos. Isso significa que o efeito do “potinho de arroz” pode mudar bastante dependendo do tipo usado.
3. Não resolve problemas sérios de umidade
Se há vazamento, infiltração ou ventilação precária, o arroz não fará diferença. O máximo que ele consegue é aliviar temporariamente sintomas, não eliminar a causa.
Quando faz sentido usar:
– Para uma solução rápida, barata e temporária.
– Em banheiros pequenos, gavetas, armários ou nichos fechados.
– Se você está disposto a trocar o arroz a cada 1–2 semanas para evitar insetos ou bolor.
Quando NÃO usar:
– Em casos de umidade crônica, que exigem exaustor, reparo estrutural ou um desumidificador elétrico.
– Para proteger eletrônicos ou objetos sensíveis, já que o arroz é muito menos eficiente que sílica gel.
– Se houver risco de atrair insetos ou se o ambiente apresentar grandes variações de umidade.
Apesar de simples, o método tem fundamento — desde que usado com consciência e sem expectativas irreais. Em muitos lares, o potinho de arroz continua sendo um aliado improvisado para combater o mofo, mas não substitui soluções mais robustas quando o problema é maior.
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