Depois de três décadas, Banco Central faz alerta à população e inicia recolhimento de cédulas de dinheiro
Notas antigas da primeira família do Real começam a sair definitivamente de circulação

O Banco Central (BC) iniciou um processo de recolhimento de cédulas de dinheiro que marcaram o início do Plano Real. Após três décadas em circulação, as notas da chamada primeira família do Real começam a ser retiradas do mercado, encerrando um ciclo histórico que acompanhou a estabilização econômica dos anos 1990.
O alerta à população reforça que, embora ainda tenham valor, essas cédulas serão gradualmente substituídas por versões mais novas e seguras.
A mudança acontece por motivos ligados à modernização. O BC vem ampliando medidas de segurança, atualizando elementos gráficos e reduzindo a circulação de notas mais antigas, que são mais vulneráveis à falsificação.
O recolhimento acontece de maneira progressiva, sem impacto imediato no bolso do cidadão, mas com orientações importantes para quem ainda guarda exemplares antigos.
Quais notas estão sendo recolhidas e por que elas fazem parte da primeira fase do Real
A primeira família do Real inclui cédulas lançadas em 1994, com estampas tradicionais de animais brasileiros e elementos de segurança que, embora inovadores à época, já não atendem ao padrão atual.
Entre essas notas estão versões antigas de R$ 1, R$ 5, R$ 10, R$ 50 e R$ 100, reconhecidas por desenhos marcantes e ausência de recursos avançados de proteção.

Cédulas de dinheiro que estão sendo recolhidas (Foto: Reprodução)
O objetivo do recolhimento é reduzir a dependência dessas cédulas antigas e reforçar a circulação da segunda família do Real, que conta com hologramas, marcas táteis e tintas especiais.
À medida que as notas antigas entram no sistema bancário, deixam de voltar ao comércio e passam a ser destruídas, acelerando a renovação do dinheiro físico.
O que o Banco Central orienta quem ainda possui cédulas antigas em casa
O Banco Central reforça que todas as cédulas da primeira família continuam valendo, desde que não estejam danificadas a ponto de impedir identificação.
Quem ainda possui essas notas pode usá-las normalmente no comércio ou depositá-las em bancos. Instituições financeiras são obrigadas a aceitar o valor integral e processar a troca quando necessário.
Outra recomendação é que o cidadão não descarte cédulas antigas acreditando que perderam validade. Elas continuam sendo dinheiro oficial, e só deixam de circular quando retornam às agências bancárias. Para colecionadores, algumas notas específicas podem inclusive valer mais no mercado de numismática, dependendo da série e do estado de conservação.
Por que o recolhimento acontece agora e qual o impacto na segurança
A retirada das cédulas antigas faz parte de um plano de longo prazo que intensifica a segurança do sistema monetário. Notas mais modernas dificultam falsificações e trazem elementos visuais e táteis que facilitam a identificação pelo público. A convivência prolongada entre famílias diferentes de cédulas aumenta o risco de erros e fraudes, o que justificou a decisão de acelerar o processo.
Outra razão está no envelhecimento natural das notas. Como as cédulas da primeira família já circulam há muitos anos, grande parte delas apresenta desgaste significativo. O BC aproveita essa condição para substituir gradualmente o dinheiro físico, mantendo a qualidade e ampliando os mecanismos de proteção.
O que muda para o consumidor e como o dinheiro continuará circulando
Para a maioria das pessoas, o recolhimento não traz mudanças práticas no dia a dia. As notas continuarão sendo aceitas enquanto estiverem em bom estado e disponíveis no mercado. Contudo, o processo é silencioso e ocorre principalmente entre bancos e o Banco Central, sem obrigar o cidadão a tomar medidas imediatas.
Com o tempo, no entanto, as notas antigas se tornarão cada vez mais raras. A circulação dependerá dos estoques ainda existentes e de quanto tempo levará para que retornem às agências bancárias. O usuário só perceberá a mudança quando notar que versões mais antigas praticamente desapareceram das transações cotidianas.
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