A descoberta arqueológica do século: metrópole semelhante à Atlântida é encontrada no fundo de um lago

Estruturas encontradas sob o lago Issyk Kul indicam a existência de um importante centro urbano ligado às rotas comerciais da antiga Rota da Seda

Magno Oliver Magno Oliver -
A descoberta arqueológica do século: metrópole semelhante à Atlântida é encontrada no fundo de um lago
(Imagem: Ilustração/IA)

Pesquisadores ligados à Academia de Ciências da Rússia anunciaram a descoberta de estruturas arqueológicas submersas no lago Issyk Kul, localizado no Quirguistão. As informações são do portal argentino Cronista.

De acordo com a publicação, o achado ocorreu durante expedições subaquáticas na região de Toru-Aygyr e aponta para a existência de uma antiga cidade que teria sido engolida pela água após um grande evento natural.

As investigações se concentraram em áreas rasas do lago, onde foram encontrados vestígios arquitetônicos e objetos de uso cotidiano.

Entre os materiais recuperados estão pedras de moagem, restos de madeira trabalhada e paredes construídas com tijolos queimados, o que reforça a hipótese de um assentamento urbano estruturado.

Os arqueólogos acreditam que o local teve importância estratégica na Ásia Central, por estar inserido em antigas rotas comerciais por onde circulavam mercadorias valiosas, além de ideias, crenças religiosas e tradições culturais.

Entre as descobertas, os especialistas identificaram uma construção que pode ter funcionado como edifício público, possivelmente uma mesquita, escola religiosa ou banho coletivo.

Também foram localizados vestígios de uma necrópole muçulmana datada do século XIII, além de estruturas de adobe com formatos circulares e retangulares.

Os sepultamentos encontrados seguem rituais islâmicos tradicionais, com os corpos orientados em direção a Meca, o que ajuda a confirmar o perfil cultural e religioso da população que habitou a área.

De acordo com os responsáveis pela expedição, os indícios arqueológicos demonstram que houve uma ocupação urbana intensa no local até o início do século XV.

A principal hipótese para o desaparecimento da cidade é a ocorrência de um forte terremoto, que teria provocado o afundamento da área.

Os pesquisadores apontam, no entanto, que o local pode ter sido abandonado antes do desastre, o que explicaria a ausência de sinais de mortes em massa.

Após esse período, grupos nômades passaram a ocupar os arredores do lago, onde hoje existem pequenas aldeias.

Os artefatos recolhidos já foram encaminhados para análises laboratoriais, incluindo datação por carbono, que deve ajudar a definir com mais precisão a cronologia e a história do assentamento.

Caso as hipóteses sejam confirmadas, o lago Issyk Kul poderá ganhar destaque como um novo ponto relevante no estudo da Rota da Seda, ampliando o entendimento sobre comércio, religião e vida cotidiana na Ásia Central.

As pesquisas continuam e novas expedições devem revelar a real dimensão da cidade submersa.

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Magno Oliver

Magno Oliver

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Escreve para o Portal 6 desde julho de 2023.

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