Estado precisa fazer mea culpa e proteger o seu povo pois a pandemia está longe de acabar

Da Redação Da Redação -
Estado precisa fazer mea culpa e proteger o seu povo pois a pandemia está longe de acabar


Na atual crise provocada pela pandemia, a proteção da saúde dos brasileiros depende de políticas públicas eficazes. Entretanto, disputas político-ideológicas estão influenciando negativamente a ação dos governantes que buscam a todo momento agradar o seu eleitorado. Agentes que deveriam agir de forma coordenada para enfrentar o coronavírus competem entre si por razões mais diversas, colocando o Brasil na contramão do mundo no combate à Covid-19.

As mortes pela doença no Brasil ao longo dessa pandemia aproximam a 280 mil óbitos, e não param de crescer o número de pessoas positivas, o aumento da demanda reprimida nas UPA’s e, ainda, milhares de pessoas aguardando vagas para internação. Diferentemente da primeira onda, onde os pacientes recebiam tratamento clínico e raramente precisavam ser intubados, agora já chegam às UPA’s precisando de oxigênio, vão para UTI e logo são intubados. Para piorar, as estatísticas mostram números altos de óbitos.

Diante desse colapso do sistema de saúde, a vacina é a única arma que temos para impedir novas mortes, novos lockdown, quebradeira, desemprego e aumento da pobreza, resultante do caos econômico. Fica mais que evidente que o que levará o Brasil a superar definitivamente a pandemia é a vacinação em massa da população.

O Brasil mesmo estando entre os líderes mundiais em números absolutos ainda contempla uma parcela muito pequena em termos de proporção, aproximadamente 4,9% da população em relação à vacina. O ritmo tem gerado críticas e frustrações na população, quando comparada à outras campanhas e demais países. Na velocidade atual, o Brasil levaria de 4 a 5 anos para imunizar toda a população.

Conclui-se que precisamos da imunização em massa mas, concomitante à vacinação, o país carece de um comando com uma agenda político-econômico-social que combata a pandemia, fortaleça o SUS e enfrente o desemprego, pois o dilema não está entre salvar vidas ou salvar economia, mas sim fazer mea culpa, assumir o papel do estado com responsabilidade, zelar e proteger o nosso povo, pois a pandemia está longe de acabar.

Márcio Corrêa é empresário e odontólogo. Preside o Diretório Municipal do MDB em AnápolisEscreve todas as segundas-feiras.

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