Ex-governador José Eliton é alvo de nova operação da Polícia Federal

Outros envolvidos em esquema da Saneago também são alvos de mandados autorizados pela Justiça

Da Redação Da Redação -
Ex-governador José Eliton é alvo de nova operação da Polícia Federal

A Operação Decantação 2, deflagrada nesta quinta-feira (28) pela Polícia Federal (PF), resultou na prisão de cinco pessoas que estariam envolvidas com fraude em licitações e desvio de verbas públicas na Saneago entre os anos de 2012 e 2016.

A corporação também chegou a pedir a prisão de José Eliton (PSDB), mas a Justiça negou e os agentes puderam apenas realizar buscas nos endereços do ex-governador de Goiás.

Foram presos Luiz Alberto de Oliveira (chefe de Gabinete de Gestão da Governadoria até abril de 2017), Gisella Silva de Oliveira Albuquerque (filha de Luiz Alberto e chefe de comunicação do Gabinete de Representação de Goiás no Distrito Federal), Carlos Eduardo Pereira da Costa (sócio da Sanefer Construções e Empreendimentos), Nilvane Tomás de Sousa Costa (sócia da Sanefer Construções e Empreendimentos) e Robson Borges Salazar (ex-diretor de gestão corporativa da Saneago)

A Operação Decantação 2 é consequência da análise de materiais apreendidos em 2016, que desarticulou célula criminosa responsável pelo desvio de cerca de R$ 4,5 milhões da Saneago.

O nome dado faz alusão a um dos processos de tratamento de água, em que ocorre a separação de elementos heterogêneos.

Investigação

A Polícia Federal afirma ter constatado que três empresas, de um único dono, foram beneficiadas em contratos junto à companhia de saneamento, mesmo com impedimentos fiscais e não sendo especialistas na prestação dos serviços demandados, o que indica direcionamento de licitação.

A investigação também indicou que parte dos recursos recebidos pela prestação de serviços à Saneago era repassada para o chefe de gabinete do ex-governador. Foi apurado ainda que Jose Eliton, ainda na condição de vice-governador, teria se utilizado por diversas vezes a aeronave de uma das empresas beneficiadas pelos contratos.

“Há indícios de que as empresas também eram utilizadas para lavagem de dinheiro, uma vez que ficou comprovada transferência de valores na ordem de R$ 28 milhões entre o chefe de gabinete do ex-governador e a conta de uma das empresas”, detalhou o órgão.

“Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, fraudes em processos licitatórios e lavagem de dinheiro, sem prejuízo de demais implicações penais ao final da investigação”, acrescentam.

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