Como a distribuição de medicamentos deixou de ser um problema em Anápolis

Cidade agora faz entrega de fraldas para acamados e, quando preciso, também insumos para nutrição

Da Redação Da Redação -
Como a distribuição de medicamentos deixou de ser um problema em Anápolis

Entraves na distribuição de medicamentos na rede municipal, antes recorrentes em Anápolis, deixam de existir a partir do trabalho de informatização da Central de Assistência Farmacêutica de Anápolis (Cafa). Hoje há um controle inteligente do estoque, garantindo assistência aos pacientes e economia aos cofres públicos.

“Saímos do controle feito com apenas a caneta e a prancheta, quando muito uma planilha de Excel, para programas de computador específicos”, revela o gerente de Atenção Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde, Alair Martins Pereira Júnior.

Assim, medicamentos e insumos médicos e hospitalares são comprados em quantidade que leva em conta o uso mensal e a validade de cada produto, eliminando assim qualquer problema de desperdício. É possível programar licitações e fazer pedidos antecipados para fornecedores.

Além de atender toda a rede, a Cafa também é responsável por alguns programas da Secretaria Municipal de Saúde, como a distribuição de insulinas e fitas reagentes para os diabéticos. Os pacientes seguem um calendário definido pela coordenação do programa para buscar esses produtos na Central.

A Cafa também passou a fazer a entrega de fraldas para pacientes acamados. A necessidade do produto foi constatada pelas equipes das unidades básicas de saúde, que fornecem a documentação aos parentes dessas pessoas, que passam a buscar as fraldas mensalmente na Cafa. Eles recebem ainda os medicamentos necessários ao dia a dia e, quando preciso, também os insumos para nutrição.

A informatização da Cafa foi importante ainda para o atendimento das unidades de média e alta complexidade. O Hospital Municipal e a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), por exemplo, possuem terminais conectados à Central, que permitem o controle dos medicamentos e insumos utilizados diariamente.

Alair Martins conta que a gestão atual começou o trabalho na Cafa praticamente do zero, enfrentando problemas antigos.

“Havia a cultura de se abarrotar o estoque, o que não é inteligente quando não se leva em conta a demanda e, sobretudo, o fato de que os produtos são altamente perecíveis”, ressalta o profissional.

A informatização da Cafa garante dados corretos dos tipos de medicamentos mais usados na rede pública anapolina, contribuindo assim para a definição de políticas públicas na área da saúde. Há ainda uma preocupação com pedidos determinados pelo Poder Judiciário, que sem um acompanhamento correto acabavam pegando os gestores de surpresa.

“A partir desse trabalho pioneiro, enxergamos os gargalos e projetamos as necessidades. Dessa forma, conseguimos servir bem a população anapolina”, conclui o gerente de Atenção Farmacêutica.

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