Família de Arthur conta qual foi o maior temor do crossfiteiro ao entrar no BBB 21

Brother foi eliminado nesta terça-feira (27) com 61,34% dos votos

Folhapress Folhapress -
Família de Arthur conta qual foi o maior temor do crossfiteiro ao entrar no BBB 21
(Foto: Reprodução)

Martha Alves, de SP – Quem vê a aparência musculosa e o jeito durão e às vezes explosivo do instrutor de crossfit, Arthur Picoli, 26, no Big Brother Brasil 21, não imagina que ele é exatamente o oposto. Pelo menos na visão de sua família, que o descreve como tímido, apaziguador, chorão, com bom coração e até inseguro.

“Todas as vezes que ele vem visitar a nossa família em Conduru [distrito de Cachoeira do Itapemirim, município do Espírito Santo], chora de saudade, no ônibus, na hora de ir embora [para o Rio de Janeiro]. Ele fala que é muita solidão morar sozinho e viver para trabalhar”, diz a irmã Thais Louzada Picoli.

Para se ter uma ideia de como Arthur é uma pessoa tranquila no convívio familiar, a irmã conta que quando ele está na casa chega a passar despercebido. Segundo Thais, ele costuma sair do quarto, brincar com todos e depois volta para o canto dele ficar quieto.

Por isso, o Arthur explosivo e que fala tantos palavrões no reality é uma novidade para a família. Thais diz acreditar que todos estão com o emocional abalado na casa do BBB, e com Arthur não é diferente. “Só que ele não é uma pessoa com sangue de barata. Ele fica nervoso, estoura, xinga, se arrepende, mas depois pede desculpa, chora. Ele não guarda rancor, é aquilo ali que está no reality.”

Thais garante que os comentários do irmão de que, se fosse há dois anos, já teria agredido alguém, ficam só nas palavras. Na opinião dela, isso é uma armadura que ele criou para se proteger. “Nunca soube de uma briga dele na rua. Ele é o cara que, se tiver uma discussão, será o primeiro a tentar apaziguar a situação. O negócio dele é xingar, boca suja”.

Para a irmã, Arthur só não gosta que as pessoas se intrometam em certas coisas, como seu relacionamento com a atriz Carla Diaz. Ela reclama que o reality está quase acabando e os participantes acabam sempre cutucando ele com sua história com a atriz, um assunto que não diz respeito a eles. “Muitos criticam a atitude dele ali dentro, mas muita gente não entende que é natural de todo mundo [ficar irritado e explodir]. Vai aceitar sorrindo?, questiona.

Sobre o namoro do crossfiteiro no reality, Thais afirma que a atriz ajudou muito Arthur no programa e foi ele mesmo que se atrapalhou por não saber como agir e ser inseguro. “Ele queria se afastar dela para que ela não fosse alvo da casa, porque ele já era alvo desde o início”, explica.

Durante o romance na casa, a família de Arthur recebeu muitas mensagens negativas e emojis de banana nas redes sociais, de pessoas que não concordavam com a personalidade dele. “Teve uma falando que era melhor ele debaixo de sete palmos da terra e até hoje questionam a sexualidade dele devido às brincadeiras com o Gil”.

“As pessoas são maldosas e isso é problema de quem propaga o preconceito, o ódio e as coisas baixas. Minha mãe e o meu pai sempre falaram para respeitar as pessoas independentemente da sexualidade e classe social”, enfatiza Thais.

Na berlinda essa semana, Arthur disputa a preferência do público com a influenciadora Camilla de Lucas, 26 e a funkeira Pocah, 26, e pode deixar o programa na noite desta terça-feira (27). Caso isso aconteça, a irmã aposta em uma amizade duradoura de Arthur com Pocah, Gilberto Nogueira, 29, Projota, 34, e até com a advogada e maquiadora Juliette Freire, 31.

Para Thais, mesmo que ele tenha vivido uma relação de gato e rato com Juliette, foi apenas por causa do jogo e das prioridades dele, que não a incluem. “Hoje, ele tem maior afinidade com a Pocah, assim como ela tem com ele. É certo que [o resto da casa] vai votar nos dois”, diz ela, que admite gostar de Juliette apesar dos atritos dela com Arthur. “Eles têm uma coisa meio de irmão”, brinca.

Paixão por Conduru

Arthur nasceu na cidade de Castelo, no Espírito Santo. Nessa época, a família morava em Vitória, capital do estado, devido ao trabalho de seu pai na empresa de saneamento básico, mas Arthur e os dois irmãos nasceram no interior para ficarem mais próximos da avó, que morava em Conduru.

O distrito de 3.000 habitantes era destino certo nas férias até que a família convenceu seu pai a pedir transferência para Castelo, já em 2007. “Foi maravilhoso porque nosso sonho de infância era morar em Conduru”, conta a irmã.

Mas foi outro sonho que fez Arthur deixar a ideia de viver em Conduru. Ele tinha apenas 14 anos quando se mudou para Goiânia para tentar a carreira de jogador de futebol profissional. Mas algumas lesões o impediram de continuar nesse caminho. “Ele ficou chateado, mas nada muito grande, foi fazer faculdade em Cachoeira do Itapemirim”, recorda Thais.

Em 2016, o instrutor de crossfit foi eleito Mister Espírito Santo e ficou em sétimo lugar na disputa do Mister Brasil. Nessa época, foi capa da revista Guia de Moda e ganhou o apelido de “estagigato” na academia em que estagiava. Depois de formado, se tornou professor de educação física.

Foi há quase dois anos que Arthur se mudou para o Rio de Janeiro para dar aulas de crossfit. O empurrão veio de uma foto que ele publicou nas redes sociais com o boné de um box de crossfit (nome dado às academias desse tipo). “Eles entraram em contato avisando que estavam contratando e o meu irmão se mudou contratado como instrutor para o Rio. Ele é muito determinado e gosta de aprender”.

No Rio, Arthur estava trabalhando no lugar que sonhava, fazia trabalhos paralelos como personal trainer e tinha melhorado financeiramente antes de entrar na casa do Big Brother Brasil. Mesmo com a vida dando certo na cidade maravilhosa, ele decidiu se inscrever pela terceira vez no programa.

A ideia era ganhar visibilidade para a sua carreira e talvez conseguir uma vaga para trabalhar no Flamengo, seu time do coração. “O grande sonho da vida dele é trabalhar no Flamengo, na preparação dos jogadores. Se ganhar o programa, vai montar seu box de crossfit e comprar um terreno em Conduru para construir um espaço para atividades físicas gratuitas para idosos”, diz.

A irmã conta que ele já costumava ajudar projetos sociais e não cobrava mensalidade das pessoas que não podiam pagar pelas aulas de crossfit na pequena box que tinha. Na praça de Conduru, também fazia o aulão beneficente e quando conseguia muitas inscrições realizava o evento no ginásio de esporte. Pedia aos participantes doações de brinquedos e leite para doar para crianças e asilos.

No Natal, Arthur costumava emprestar o carro de um amigo, colocava música e saia distribuindo brinquedos para as crianças, incluindo toda a família na ação, conta Thais. “Infelizmente, o que estão conhecendo do Arthur no realíty é o físico dele. Ele sempre quis participar do BBB, mas tinha medo de entrar e de ser prejulgado pelo físico”, lamenta Thais.

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