Torturado com choques, facão e alicate, trabalhador é obrigado a pular de barranco para morrer

"Estou há 14 anos na segurança pública e é o caso mais perverso que já vi", afirmou o delegado responsável pelo caso

Da Redação Da Redação -
Torturado com choques, facão e alicate, trabalhador é obrigado a pular de barranco para morrer
(Foto: Divulgação / Polícia Civil – RS)

Começou a repercutir na sexta-feira (20), na internet, o caso aterrorizante de um trabalhador, de 38 anos, que foi torturado e obrigado a pular de um barranco, em Farroupilha, no Rio Grande do Sul.

De acordo com o jornal GZH, a vítima foi alvo de maus-tratos em duas ocasiões, levando golpes de facão, choques elétricos e até mesmo tendo dentes arrancados com um alicate.

Um dos principais suspeitos, que já foi preso preventivamente na quinta (19), é um empresário de 39 anos, que teria feito tudo para tentar fazer o trabalhador confessar que havia furtado uma quantia de R$ 15 mil.

Por fim, a vítima torturada foi obrigada a pular de uma espécie de paredão de pedra de 15 metros para morrer. Apesar da queda tão espantosa, conseguiu sobreviver e pedir ajuda na rodovia.

“Estive no hospital conversando com a vítima e ela está bem de saúde, se recuperando. Não tem como imaginar que algo assim aconteça. Estou há 14 anos na segurança pública e é o caso mais perverso que já vi. Já vi muita coisa, mas este transcende o que costumamos encontrar”, afirmou o delegado Ederson Bilhan, ao GHZ.

De acordo com a Policia Civil, o trabalhador leva vida simples e trabalhava e morava no complexo empresarial do suspeito. Ele nega qualquer envolvimento no desaparecimento do dinheiro.

Consta no inquérito que, na primeira sessão de tortura, a vítima sofreu até desmaiar. Depois que recebeu alta médica, foi levado de volta para casa pelos agressores e novamente sido exposto a maus-tratos.

“Temos a convicção de um autor, esse que está preso, que é o mandante da tortura. Os demais envolvidos ainda investigamos quantos e quem são. Sobre o suposto furto, esse não foi registrado na Polícia Civil e não sabemos se realmente aconteceu. A vítima nega veementemente”, afirmou o investigador.

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