Secretário critica fazendeira que convenceu Wanderson Mota a se entregar: “imprudente”

Rodney Miranda também sustentou que o caso não se assemelha ao de Lázaro

Rafaella Soares Rafaella Soares -
Entrevista coletiva sobre a prisão de Wanderson Mota. (Foto: Yago Sales)

A Polícia Civil, a Polícia Militar e o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, concederam entrevista coletiva no final da manhã deste sábado (04) para falar sobre a prisão de Wanderson Mota Protácio, de 21 anos.

Ele deverá responder por dois feminicídios e um latrocínio e, caso seja condenado pela Justiça, poderá receber uma pena de mais de 100 anos.

De acordo com o delegado Vander Coelho, titular da Delegacia Regional de Anápolis, a arma dele foi apreendida com várias munições, juntamente com um celular, e o suspeito já confessou a prática dos crimes.

Como ainda está sendo ouvido pela corporação, não foram revelados mais detalhes dos crimes, como a motivação, mas a expectativa é divulgar ao longo do dia novas informações que forem colhidas durante o depoimento.

Posteriormente, Wanderson deverá ser levado para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e ficar em uma cela reservada, sem outros detentos.

Estratégia diferente

Comandante do Comandante de Operações de Cerrado (COC), o coronel Granja explicou que os policiais estavam atuando de uma maneira mais reservada, para não perderem o criminoso de vista.

“Traçamos a estratégia de diminuir a concentração de viaturas caracterizadas para não afugentar ele. Várias informações surgiam e nos preocupamos em segurar as informações porque muitas vezes nos deslocávamos e não era ele. Fizemos estratégias pontuais e fechamos todas as possíveis vias de fuga dele”, afirmou.

Semelhança com o caso Lázaro

O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, defendeu durante toda a coletiva que as forças-tarefas feitas para captura Lázaro e Wanderson foram totalmente diferentes, apesar de o último ter recebido o apelido do primeiro.

“A única coisa que se assemelha é a atrocidade das ações e a área rural próxima onde ocorreu outro caso. O outro [Lázaro] tinha histórico anterior de fuga e violência na Bahia e confronto com as autoridades. Cometeu atrocidades no DF e tinha intenção de continuar. Tivemos que mobilizar um número maior de policiais naquela ocasião e fazer uma exposição maior para ter subsídio pra capturar, porque era uma região que ele conhecia”, disse.

“Esse, o sujeito cometeu o crime e fugiu. Não tivemos noticia que tivesse ameaçado mais alguém, embora tivesse com a arma do crime e uma grande quantidade de munições”, comparou.

Ao todo, segundo Rodney, cerca de 30 a 40 agentes estiveram envolvidos na ação e que tanto a de Wanderson como de Lázaro tiveram o devido êxito.

Participação de Cinda

Em relação à fazendeira Cinda Mara, de 56 anos, que ajudou a convencer Wanderson a se entregar, o secretário afirmou que ela foi muito corajosa e já recebeu os parabéns.

No entanto, defendeu que foi o cerco policial que o obrigou a se entregar e que a ação de tirar uma selfie com o criminoso foi “imprudente”.

“O que levou ele a se entregar foi o cerco. O aconselhamento ajudou. Ela foi muito corajosa, mas não é uma atitude aconselhável. Já fizemos agradecimentos à ela, mas quem obrigou ele a tomar essa atitude foi a estratégia montada”, garantiu.

Assista a entrevista coletiva na íntegra

 

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