Ala 2 completa 50 anos de existência em Anápolis; relembre como tudo começou

Portal 6 ouviu o historiador e ex-prefeito de Anápolis Pedro Sahium, que conta em detalhes fatos marcantes sobre a antiga Base Aérea

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Ala 2 completa 50 anos de existência em Anápolis; relembre como tudo começou
Fachada da Base Aérea de Anápolis. (Foto: Captura/Google/Fernando Henrique Freire Machado)

Presente no coração dos anapolinos e uma das grandes marcas registradas da cidade, a Base Aérea de Anápolis completa 50 anos nesta terça-feira (05).

Recheada de lembranças e momentos marcantes, não só para história da Força Aérea Brasileira, mas para toda a nação, ela foi a primeira a ser planejada e construída para receber aviões do tipo “Mirage”.

Historiador e ex-prefeito de Anápolis, Pedro Sahium, explica que foi em março de 1971 que o então prefeito Henrique Santillo, junto à Câmara Municipal, declarou total apoio para a criação da base no município.

É uma fase da cidade relatada com detalhes no livro “Mounir Naoum: do Líbano ao Centro-Oeste do Brasil”, de autoria do ex-prefeito. O empresário biografado foi uma das pessoas responsáveis pela articulação entre a Aeronáutica e o governo municipal para viabilizar a empreitada.

“No mesmo mês uma comitiva veio para escolher os lugares de montagem da Base Aérea e também das vilas dos oficiais e dos sargentos, que na época ficavam fora da cidade”, disse.

Essas construções em locais afastados contribuíram de certa forma para a expansão de Anápolis, pois além dos militares, pessoas que trabalharam diretamente na obra decidiram viver na região.

De acordo com o historiador, a chegada da Base Aérea na cidade impactou a economia e toda uma estrutura social.

“Esses trabalhadores ajudaram no aumento da renda da cidade. Eles criaram também um tipo de massa crítica para se discutir as coisas, com nível. Todos esses fatores foram importantes”.

Momentos marcantes

Em 2020, a unidade anapolina ficou em evidência para todo Brasil por conta da repatriação de brasileiros vindos de Wuhan, na China, por conta do surto inicial de Covid-19.

Chegada dos 34 repatriados da China, em Anápolis. (Foto: Divulgação)

Mais recentemente, o KC-390, que fica no município, participou de ações humanitárias no Haiti e do resgate de pessoas que saíram do Brasil para viver na Ucrânia, mas tiveramde fugir da guerra.

Todos esses casos mostraram a importância de uma estrutura sólida e equipada para as mais diversas urgências.

Memória afetiva

Quem é de Anápolis sabe que conhecer as instalações da Base e chegar perto dos aviões é uma experiência única e que já virou parte do calendário da cidade.

De acordo com Pedro Sahium, além das visitas e do turismo, a aproximação com a população ainda abre novas possibilidades de carreira.

“Quantas pessoas em Anápolis nós conhecemos que seguiram essa profissão? Que foram para as forças armadas ou que se sentiram desafiadas a serem pilotos de aviões caça ou de outros? Isso é muito significativo”, afirmou.

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