Risco de leptospirose aumenta durante período de chuvas em Goiás

Crescimento de infectados entre outubro e janeiro ocorre em meio a cenário nacional de agravamento da doença

Emilly Viana Emilly Viana -
Risco de leptospirose aumenta durante período de chuvas em Goiás
Pontos alagamento após chuva forte em Anápolis. (Foto: Reprodução/ Twitter @DiegoLaerte)

O períodos de chuvas e consequentes alagamentos, como os que ocorreram em Goiânia e Anápolis nas últimas semanas, trazem todo ano uma grande preocupação: a possível transmissão de doenças como leptospirose. Em Goiás, o número de casos da infecção cresceu pela terceira temporada de precipitações consecutiva.

O Portal 6 teve acesso a dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) que apontam o aumento de pacientes nos últimos anos, principalmente no atual período chuvoso. A pasta informa que, de outubro de 2022 até janeiro deste ano, nove casos de leptospirose foram registrados no estado. Nos mesmos meses do ano anterior, sete pessoas tiveram a enfermidade.

A quantidade de moradores que tiveram a doença foi ainda mais baixo nos anos antecessores: tanto no período chuvoso de 2020/2021 quanto no de 2019/2020 três infecções foram reportadas às unidades de saúde. O cenário ocorre em um momento no qual o número de mortes por leptospirose no país subiu 70% nos últimos dois anos. Os registros de pacientes também apresentaram alta de 52%.

Apesar do cenário de crescimento a nível estadual, a SES-GO avalia que é preciso considerar as limitações vivenciadas na pandemia. Diante do impacto das medidas restritivas e da força tarefa para lidar e barrar o alto volume de casos de Covid-19, a secretaria considera que “não houve alterações significativas no cenário epidemiológico local” em relação à leptospirose.

Ainda assim, a pasta alerta que se trata de uma doença infecciosa febril, causada pela bactéria leptospira, que pode ser facilmente confundida com outras enfermidades mais frequentes na região. Isso porque entre os sintomas mais comuns na fase precoce estão febre, dor de cabeça, dor muscular (principalmente nas panturrilhas), falta de apetite, vômitos e náuseas.

Por fim, a Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis da SES orienta que pessoas com estes sintomas informem ao profissional de saúde, no ato do atendimento, sobre possíveis contatos prévios com situações de risco, em caso de enchentes e inundações. A informação é fundamental já que o intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas normalmente ocorre de sete a 14 dias após a exposição.

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