Quem tomará vacina bivalente contra Covid-19 a partir desta segunda? Tire suas dúvidas

Divididas em cinco etapas, as ações contemplam o reforço com a vacina bivalente contra a Covid-19, vacinação contra a gripe e multivacinação nas escolas contra poliomielite e sarampo

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(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)Quem tomará vacina bivalente contra Covid-19 a partir desta segunda? Tire suas dúvidas
(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

STEFHANIE PIOVEZAN, SP – O Ministério da Saúde inicia nesta segunda-feira (27) as campanhas do Programa Nacional de Vacinação 2023, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal no país.

Divididas em cinco etapas, as ações contemplam o reforço com a vacina bivalente contra a Covid-19, vacinação contra a gripe e multivacinação nas escolas contra poliomielite e sarampo.

Segundo o ministério, o cronograma foi estabelecido após reuniões com representantes do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e Comissão Intergestores Tripartite.

A definição das fases considerou os estoques disponíveis e os contratos com as fabricantes das vacinas, e as etapas podem ser alteradas, adiantadas ou sobrepostas caso o cenário de entregas seja modificado ou novos laboratórios tenham seus pedidos de aprovação de imunizantes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Veja abaixo como vai funcionar.

QUANDO COMEÇAM AS CAMPANHAS?

A primeira etapa começa nesta segunda-feira (27) e vai oferecer doses de reforço com a vacina bivalente da Pfizer contra a Covid-19. Esse modelo é uma atualização do imunizante que utiliza as cepas original do Sars-CoV-2 e da variante ômicron BA.1. Tire aqui suas dúvidas sobre a vacina bivalente.

QUEM VAI RECEBER A VACINA BIVALENTE NESTA PRIMEIRA ETAPA?

Conforme documento técnico do Ministério da Saúde, o primeiro grupo a ser imunizado inclui: idosos com 70 anos ou mais; pessoas a partir de 12 anos vivendo em instituições de longa permanência e os trabalhadores dessas instituições; pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos; indígenas, ribeirinhos e quilombolas a partir de 12 anos.

A estimativa populacional desse grupo é de 18.712.339 pessoas e, considerando a perda técnica de 10%, deverão ser disponibilizadas 20.583.572 doses aos estados.

GESTANTES E IDOSOS COM MENOS DE 70 ANOS RECEBERÃO A BIVALENTE?

Sim. Na segunda fase da campanha, prevista para ter início em 6 de março, devem ser vacinados idosos de 60 a 69 anos e, em seguida, a partir de 20 de março, gestantes e puérperas. Nessas etapas, devem ser contempladas, respectivamente, 17.295.898 e 2.333.378 pessoas.

QUANDO OS TRABALHADORES DA SAÚDE SERÃO VACINADOS COM A BIVALENTE?

A previsão do ministério é iniciar a vacinação com a bivalente em trabalhadores da saúde no dia 17 de abril. Devem ser imunizados 7.337.807 profissionais da área.

Nessa mesma data está previsto o início da imunização pessoas com deficiência permanente (acima de 12 anos), detentos, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas e funcionários do sistema de privação de liberdade.

QUEM NÃO É DO GRUPO PRIORITÁRIO VAI RECEBER A BIVALENTE?

O Ministério da Saúde estabeleceu como público-alvo dos imunizantes bivalentes apenas os grupos prioritários. Para os demais brasileiros, a avaliação da pasta é de que não há benefício comprovado de ganho de eficácia com a imunização com o reforço bivalente em comparação à formulação original.

Caso você não esteja incluído em um dos grupos prioritários para as vacinas bivalentes, a aplicação de uma dose de reforço -terceira dose, no caso de crianças de 5 a 11 anos, adolescentes de 12 a 17 e adultos com mais de 18 anos, ou quarta dose, para aqueles com mais de 40 anos- pode ser feita atualmente em todos os postos de vacinação no país.

O QUE FAZER SE NÃO SOU DO GRUPO PRIORITÁRIO PARA A BIVALENTE?

A recomendação dos especialistas e da pasta de saúde é que, neste momento, quem não for grupo prioritário para receber as vacinas bivalentes deve buscar a atualização do reforço com as doses monovalentes em uso: Pfizer, AstraZeneca, Janssen e Coronavac.

A BIVALENTE ESTARÁ DISPONÍVEL NA REDE PRIVADA PARA QUEM NÃO É DO GRUPO DE RISCO?

Por enquanto, não. As vacinas bivalentes da Pfizer foram autorizadas pela Anvisa para uso emergencial e, por isso, devem ser destinadas preferencialmente para o SUS. A oferta em clínicas particulares só deve acontecer depois que a Pfizer ou a Moderna tiverem o registro definitivo, mas não há previsão de quando isso deve acontecer.

HAVERÁ CAMPANHA PARA AS CRIANÇAS?

Sim. A partir de março, será iniciada uma campanha de intensificação da vacinação contra Covid-19 para crianças e adolescentes de 6 meses a 17 anos.

Entre as estratégias previstas estão a realização de duas semanas de atividades de mobilização e orientação nas escolas, da educação infantil até o ensino médio, e o envio de comunicados aos pais e responsáveis sobre a necessidade de levar a caderneta de vacinação dos filhos para avaliação.

QUANDO COMEÇA A CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA GRIPE?

De acordo com o Ministério, a vacinação contra Influenza será iniciada em abril, de forma que o público-alvo esteja imunizado antes da chegada do inverno, quando as baixas temperaturas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias.

QUEM PODERÁ TOMAR A VACINA DA GRIPE?

Pessoas com mais de 60 anos; gestantes; puérperas; adolescentes em medidas socioeducativas; crianças de 6 meses a 4 anos; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; pessoas com deficiência; pessoas com comorbidades e a população privada de liberdade.

A vacina também será disponibilizada para integrantes das Forças Armadas, de segurança e salvamento; professores, caminhoneiros; profissionais de transporte coletivo e portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade e trabalhadores da saúde.

HAVERÁ CAMPANHA DE PREVENÇÃO À PÓLIO?

Sim. A partir de maio, será realizada uma campanha de multivacinação contra poliomielite e sarampo.

Assim como na ação contra a Covid-19, serão realizadas atividades nas escolas e serão solicitadas as cadernetas de vacinação das crianças e adolescentes para verificar se a imunização está completa.

Segundo o ministério, a medida é uma forma de aumentar o número de vacinados contra essas doenças em um momento de baixa cobertura vacinal.

Vale ressaltar que não é preciso aguardar a campanha para colocar a carteirinha de vacinação das crianças e adolescentes em dia. Os postos de saúde continuam disponibilizando os imunizantes.

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