Vivian Naves tem decisões favoráveis em processo de cassação, mas situação ainda é delicada

Ministério Público Eleitoral quer que ela perca o mandato e Roberto Naves fique inelegível por oito anos

Pedro Hara Pedro Hara -
Vivian Naves tem decisões favoráveis em processo de cassação, mas situação ainda é delicada
Vivian e Roberto Naves. (Foto: Maykon Cardoso/Alego)

Vivian Naves (PP) conseguiu duas decisões favoráveis no processo movido pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que pede a cassação do mandato de deputada estadual.

Relatora do caso, a desembargadora Amélia Martins de Araújo indeferiu recentemente dois pedidos que poderiam complicar ainda mais a situação da parlamentar.

Um deles foi feito pelo primeiro suplente de deputado estadual do PP, Magrão da Rádio Clube, que tem base eleitoral em Rio Verde. Ele pediu para ser incluído na ação como “assistente litisconsorcial” e, assim, ajudar o MPE na tentativa de cassação.

Na justificativa, a desembargadora negou a entrada de Magrão adiantando que se Vivian for realmente cassada, todos os 38.578 votos que ela teve nas urnas serão anulados, obrigando a Justiça Eleitoral a fazer uma nova retotalização dos votos.

A outra solicitação negada pela magistrada foi o pedido do MPE para que o depoimento de Maxlânio Siqueira, ocorrido na sede da Promotoria Eleitoral de Anápolis, pudesse ser usado no caso.

Apesar dessas vitórias pontuais, Vivian Naves ainda está em situação delicada. Existem provas e/ou evidências de entrega de cestas básicas e coação de servidores da Prefeitura de Anápolis para que eles trabalhassem na campanha dela a deputada estadual.

Além da cassação do mandato de Vívian Naves, o MPE também pede a inelegibilidade de Roberto Naves por oito anos, pela utilização da máquina pública na campanha da primeira-dama do município.

Indefinição

Caso Vivian Naves seja cassada todos os votos conquistados por ela serão anulados. A medida abre espaço para uma dança das cadeiras na Alego.

A possibilidade mais plausível é que o espaço seja ocupado por algum parlamentar do PT ou do MDB.

Fabrício Rosa e Francisco Oliveira, respectivamente, foram os candidatos mais votados destes partidos que não conseguiram uma vaga na Casa.

Diácono do ‘depoimento bomba”

Diácono da Igreja Católica, Maxlânio tinha intenção de sair candidato nas eleições de 2024, mas foi impedido por Dom João Wilk, bispo de Anápolis.

Em resposta ao pedido do auxiliar, o religioso orientou que ele fosse orar e confessar. De quebra, Dom João Wilk solicitou que fossem apagadas publicações onde Max Lânio criticava o prefeito Roberto Naves.

O caso foi divulgado de maneira exclusiva, no dia 28 de junho, pelo Portal 6.

Nos bastidores da política, o depoimento dado por ele ao MPE estava sendo considerado como bombástico. Por isso, o órgão pediu a inclusão de tudo o que ele falou para ser usado na ação. Não deu certo.

Circo que pegou fogo

Durante sessão na manhã desta terça-feira (04), na Câmara de Vereadores de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota) e Thialu Guiotti (Avante) chamaram a base de Rogério Cruz (Republicanos) de “a pior da história”.

Novo cargo

Rafael Arruda é o novo procurador-geral do estado.

Ativo no estado há 17 anos, Rafael é doutorando em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestre em Ciências Jurídico-Econômicas pela Universidade de Lisboa (Portugal) e graduado em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Aumento de inscrições

O Ministério da Educação (MEC) divulgou que Goiás tem quase 150 mil pessoas inscritas no Enem 2023.

O número é 4,7% maior do que o registrado em 2022, quando 142.742 goianos se inscreveram para realizar a prova.

Nota 10

Para o Ministério Público de Goiás (MPGO) que, nesta terça-feira (04), desvendou um esquema de venda clandestina de jazigos nos cemitérios de Caldas Novas.

Cinco pessoas são investigadas pelas condutas criminosas. De acordo com a investigação, as ossadas que estavam originalmente nos túmulos eram retiradas, abrindo espaço para a revenda dos espaços.

Nota Zero

Para a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Anápolis, que não soube ou não quer informar a relação das ordens de serviço de obras do Anápolis Investe, além do prazo de execução de cada uma.

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