Enquanto Goiânia lidera ranking de menor taxa de obesos do Brasil, mais de 60% de Anápolis está acima do peso

Nutricionista também explicou ao Portal 6 que doença não está ligada à "preguiça" e sim a diversos fatores

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Enquanto Goiânia lidera ranking de menor taxa de obesos do Brasil, mais de 60% de Anápolis está acima do peso
Obesidade afeta mais de 60% da população de Anápolis. (Foto: Fernando Donasci/Folhapress)

Dados recentes do Ministério da Saúde a respeito de obesidade têm mostrado um contraste entre Goiânia e Anápolis. Isso porque, enquanto a capital se destacou com uma das menores incidências de obesidade no país, a cidade anapolina tem mais de 60% da população acima do peso.

Esses cenários foram divulgados por meio da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2023 e de índices do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), que utilizam informações coletadas pelo Ministério da Saúde (MS) como apoio.

O monitoramento mostrou que, em Goiânia, cerca de 17,7% de pessoas adultas são obesas, número inferior à média nacional (24,3%).

Assim, a cidade goiana é considerada a capital com menor incidência em condição de obesidade em todo o país.

Já em um cenário completamente oposto, a cidade de Anápolis surpreende negativamente, com 64,74% das pessoas adultas com o peso acima do saudável.

Na pesquisa, foram entrevistados 43 mil anapolinos, onde foi constatado que, destas, 13.156 estão em condição de obesidade.

Além disso, cerca de 34,37% — 14.888 entre os entrevistados — são classificados como acima do peso.

Enfrentamento

Em entrevista ao Portal 6, a nutricionista Renata Lourenço destacou a importância da capital goiana no enfrentamento à condição desde a infância.

“Goiânia tem muitos programas para combater a obesidade e para gerar informações. O goianiense tem essa preocupação. Por exemplo, até mesmo os parques no final da tarde, tem um pessoal fazendo uma corridinha, fazendo exercícios”, explicou.

A profissional de saúde ressaltou que a condição física pode variar de pessoa para pessoa, sendo causada por diversos motivos.

“A obesidade não é por falta de força de vontade, não é questão de preguiça. Então, se tratando de individualidades, a gente tem que ver a pessoa como um todo, o que de fato está engatilhando esse aumento de peso.”, disse a nutricionista.

“A pessoa pode estar passando por problemas difíceis, estresses, questões emocionais, psicológicas, questões do próprio ambiente que ela está inserida, da rotina dela de trabalho, da falta de tempo para preparo de refeições”, acrescentou Renata.

Ela ainda evidenciou que existem cuidados que devem ser tomados, mas cada pessoa deve seguir um tratamento individual, com nutricionistas e psicólogos.

A especialista também explicou que o combate à obesidade pode ser feito por meio de exercícios físicos e ingestão de água, além de gestos simples, como verificar a alimentação e trocar ultraprocessados por alimentos naturais.

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