Especialista alerta para riscos de uso deliberado de tadalafila em academias e por “ego sexual”

Medicamento é dedicado para o tratamento de disfunção erétil, no entanto, jovens têm usado para conseguir vantagem em outros fins

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Especialista alerta para riscos de uso deliberado de tadalafila em academias e por “ego sexual”
Pessoas treinando em academia. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Tadalafila é um medicamento indicado para o tratamento da disfunção erétil: em poucas palavras, é destinado a estimular o fluxo sanguíneo no pênis, melhorando o tempo de ereção. A importância é tão significativa que, para adquirir o produto, é necessário ter uma prescrição médica.

No entanto, apesar de uma aplicação clara e direta, as pílulas tem se tornado alvo de uma tendência que tem se tornado cada vez mais popular, especialmente entre jovens, por vezes até menores de idade.

Dentre as ocorrências registradas, a tadalafia tem sido utilizada como forma de impulso no desempenho sexual, mesmo que não haja nenhum tipo de problema de ereção.

Em outros casos, o medicamento é consumido como estímulo para a prática de esportes e treinos diários na academia.

Pensando nos possíveis riscos, o Portal 6 conversou com o médico endocrinologista Dr. Guilherme Afiune, que explicou quais devem ser os limites a serem seguidos quanto ao uso da droga.

Segundo ele, o remédio atua dilatando os vasos sanguíneos, o que pode, de fato, resultar em um ganho de desempenho durante os exercícios físicos. No entanto, isso pode acarretar problemas para aqueles que fazem uso sem orientação médica.

“O uso sem indicação formal e orientação médica pode levar a efeitos colaterais graves como tontura, cefaleia, eventos cardíacos fatais, além de disfunção erétil no futuro”, alertou o especialista.

Além disso, o uso contínuo pode gerar dependência psicológica, causando vício e alterações fisiológicas no usuário, fazendo com que a pessoa necessite sempre da substância para uma performance sexual satisfatória.

“Além de ser desaprovado pelas principais sociedades médicas globais, é bastante perigoso e pode se tornar uma ferramenta letal para atletas que buscam melhorar o desempenho físico a todo custo”, alertou, por fim, o médico.

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