PC cumpre mandados em escritório de advocacia de Goiânia usado como laboratório de ‘cogumelos mágicos’

Local era do pai do preso, que chegava a ganhar R$ 50 mil por mês vendendo os produtos

Davi Galvão Davi Galvão -
PC cumpre mandados em escritório de advocacia de Goiânia usado como laboratório de ‘cogumelos mágicos’
“Cogumelos mágicos” contém a substância psilocibina, que é proibida no Brasil. (Foto: Divulgação)

Um jovem foi preso em flagrante nesta quinta-feira (26), em Goiânia, sob a suspeita de comercializar cogumelos alucinógenos e derivados para todo o Brasil. Um dos locais, que funcionava como uma espécie de laboratório e que foi alvo de um mandado de busca e apreensão, foi o escritório de advocacia do pai do suspeito.

A Operação Toad, realizada por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), já vinha investigando o caso há aproximadamente seis meses, sendo possível concluir que o jovem realizava as vendas através das redes sociais.

Os cogumelos são da espécie psilocybe cubensis, mas também eram ofertadas chocolates e cápsulas derivados do produto, que eram enviados, através dos Correios, para todo o país.

Conhecidos como “cogumelos mágicos”, os produtos contêm a substância psilocibina, que age nos receptores de serotonina e pode causar efeitos psíquicos como alucinações, percepções de sentido alterada, sinestesia, dentre outros – considerados proibidos no Brasil.

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar, tendo um deles sido realizado em um escritório de advocacia.

No local funcionava uma espécie de laboratório que, além de armazenar a maior parte do material apreendido, também era usado para manipulação, encapsulamento e produção dos produtos derivados do cogumelo alucinógeno.

As autoridades ainda afirmaram que o suspeito, que se autointitula guia espiritual e terapêutico, ministrava os cogumelos e demais produtos derivados em cerimônias religiosas como uma suposta forma alternativa de tratamento de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais.

Com essas atividades, ele chegava a ter um faturamento de R$ 50 mil por mês, além de cobrar R$ 2,5 mil para cada atendimento realizado.

Após a análise pericial e constatação da psilocibina, o investigado foi preso em flagrante e permanece à disposição do Judiciário.

 

 

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