O valor mensal que uma pessoa precisa ganhar por mês para ser considerada rica no Brasil
Em um país com tanta desigualdade, essa é uma dúvida comum e que desperta muita curiosidade


Você já se perguntou qual é o valor necessário para ser considerada uma pessoa rica no Brasil?
Em um país com tanta desigualdade, essa é uma dúvida comum e que desperta muita curiosidade.
Afinal, em tempos de redes sociais e ostentação, é fácil pensar que ser rico é ter carro importado, viagens internacionais e roupas de grife. Mas será que é só isso?
Ou existe um valor específico que separa os ricos do restante da população?
O valor mensal que uma pessoa precisa ganhar por mês para ser considerada rica no Brasil
De acordo com um estudo do FGV Social, realizado com base em dados da Pnad Contínua e do Imposto de Renda, uma pessoa rica no Brasil — mais especificamente aquela que faz parte do 1% mais rico da população — precisa ganhar cerca de R$ 27 mil por mês.
Já quem está no grupo ainda mais seleto, o 0,1% mais rico, tem uma renda média mensal de impressionantes R$ 95 mil.
Para ter uma ideia do contraste, o brasileiro médio recebe em torno de R$ 3.222 por mês, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Isso significa que os super-ricos ganham mais de 14 vezes esse valor. O abismo é enorme.
O que diferencia uma pessoa rica no Brasil?
Não se trata apenas da renda mensal. Uma pessoa rica no Brasil geralmente também tem acesso a um conjunto de bens e oportunidades que vão além do salário.
Entre os mais ricos, os imóveis representam cerca de metade do patrimônio total.
A outra metade costuma estar dividida entre carros, ações na bolsa de valores, participações em empresas e outros tipos de investimentos.
Além disso, os super-ricos normalmente têm acesso a educação de ponta, plano de saúde particular, segurança privada, viagens internacionais frequentes e uma rede de contatos que facilita ainda mais a geração de renda. É um círculo que se retroalimenta.
Quantas pessoas fazem parte desse grupo?
O 1% mais rico do Brasil representa aproximadamente 1,5 milhão de pessoas. Já o 0,1% — os mais ricos entre os ricos — equivale a cerca de 156 mil indivíduos.
Para visualizar, esse número seria quase o suficiente para encher dois estádios do Maracanã.
Apesar de parecerem muitos, esses grupos são extremamente pequenos em relação à população total do país. E são eles que concentram uma grande fatia da riqueza nacional.
A renda está ficando ainda mais concentrada
Outro dado importante vem do FGV-Ibre: entre 2017 e 2022, o 0,01% mais rico (os milionários) viram sua renda quase triplicar.
Enquanto isso, os 95% mais pobres — mais de 146 milhões de brasileiros — tiveram um aumento médio de apenas 33% no mesmo período.
A desigualdade não só persiste, como também cresce. O topo da pirâmide foi o que mais se beneficiou: o grupo dos 5% mais ricos teve um aumento de 51% na renda, o top 1% teve 67% e o top 0,1% chegou a 87%.
Esses dados mostram que, no Brasil, quem já é rico está ficando ainda mais rico e mais distante do restante da população.
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