Geração Z cria nome para as pessoas que só querem trabalhar e ir embora e não buscam nenhum tipo de crescimento na empresa onde estão

Minimalismo profissional reflete a busca por limites no trabalho, múltiplas rendas e prioridade para a vida pessoal

Gabriel Yuri Souto Gabriel Yuri Souto -
Geração Z
(Imagem: Ilustração/Helena Lopes/Pexels)

A relação da Geração Z com o trabalho está longe de repetir a das gerações anteriores.

Em vez de perseguirem promoções a qualquer custo ou aceitarem jornadas exaustivas, muitos jovens têm adotado um novo estilo: trabalhar o suficiente para manter estabilidade financeira e preservar energia para aquilo que realmente importa fora do escritório.

Esse comportamento ganhou um nome: minimalismo profissional, conforme reportagem do Xataka Espanha.

A ideia é simples — fazer o que está no contrato, sem se sobrecarregar com horas extras, tarefas adicionais ou a pressão constante por crescimento hierárquico. Para esses trabalhadores, o emprego é apenas uma parte da vida, e não o centro dela.

Menos cargos de chefia, mais equilíbrio

Uma pesquisa da Glassdoor com mais de mil usuários mostrou que 68% dos jovens da Geração Z não se interessam em assumir cargos de liderança quando isso não vem acompanhado de aumento salarial expressivo.

É um afastamento claro da “escada corporativa” que, por muito tempo, foi vista como sinônimo de sucesso.

Segundo Chris Martin, diretor de pesquisa da empresa, trata-se de “uma escolha consciente que estabelece limites, reduz a dependência de um único empregador e aposta em múltiplas fontes de renda”.

Os números confirmam: 57% desses jovens possuem ao menos um segundo emprego, superando a média das gerações anteriores.

Uma resposta ao mundo do trabalho

Para muitos, esse comportamento é consequência da instabilidade atual: demissões em massa, avanços da inteligência artificial e falta de garantias de longo prazo.

O resultado foi um novo pacto: se a empresa não garante lealdade, o trabalhador também não deve abrir mão da própria vida em nome dela.

Esse reposicionamento não significa trabalhar menos ou rejeitar responsabilidades, mas recusar uma versão obsoleta do trabalho.

Como resumiu um dos entrevistados pela revista Fast Company: “A paixão é para o trabalho das 05 às 09, aquele que vem depois do expediente das 09 às 05.”

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Gabriel Yuri Souto

Gabriel Yuri Souto

Redator e gestor de tráfego. Especialista em SEO. Colabora com Portal 6 desde 2023.

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