“De nada” ou “por nada”? Descubra o uso correto na língua portuguesa
Normalmente, o uso varia conforme o contexto e a região do país
Nas interações cotidianas, responder a um “obrigado” parece algo simples. No entanto, expressões como “de nada” e “por nada” despertam curiosidade sobre qual delas é, de fato, a mais adequada na língua portuguesa. Ambas são aceitas, mas seu uso revela diferenças sutis de contexto, formalidade e origem regional.
A expressão “de nada” é a mais comum em todo o Brasil e tem raízes no latim, significando literalmente “não há dívida” — ou seja, o favor foi feito sem causar incômodo ou gerar obrigação. Já “por nada” é mais usada em algumas regiões do Nordeste, representando uma variação linguística legítima e igualmente educada, ainda que mais informal.
Origem e significado das expressões
O uso de “de nada” se consolidou na língua portuguesa como uma forma cortês de demonstrar desinteresse em qualquer retorno. A ideia por trás da expressão é simples: quem a utiliza está dizendo que o favor ou gesto foi feito de bom grado, sem esperar recompensa.
Por outro lado, “por nada” pode ser interpretada como uma justificativa ou resposta que sugere o motivo da ação — “foi por nada”, isto é, “não há razão para agradecer”. Apesar da diferença sutil, as duas formas cumprem a mesma função comunicativa: retribuir o agradecimento com gentileza.
Essas nuances mostram como o idioma reflete aspectos culturais e regionais, formando um verdadeiro mosaico linguístico dentro do Brasil.
Quando usar cada uma
Especialistas em linguagem destacam que “de nada” é a forma mais apropriada em contextos formais, como no ambiente de trabalho, atendimento ao público ou situações que exigem certa etiqueta. Já “por nada” soa mais espontânea e coloquial, sendo mais comum em conversas informais, entre amigos ou familiares.
Além delas, há outras expressões usadas para responder a agradecimentos, como “imagina”, “não há de quê” e “foi um prazer”, que ampliam as possibilidades de interação educada no português.
A diversidade que enriquece o idioma
Mais do que uma questão de correção, a escolha entre “de nada” e “por nada” reflete a diversidade linguística e cultural do Brasil. Cada expressão carrega a identidade de quem a utiliza, mostrando que a língua está viva e se adapta às diferentes formas de falar e conviver.
No fim das contas, o mais importante não é qual das duas se deve usar, mas sim o gesto de reconhecer e retribuir a gentileza — algo que continua sendo o verdadeiro significado da boa educação.
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