O vegetal deixado de lado na hora da compra da semana, que esconde poder secreto e se tornou potência em nutrientes
Pouco lembrado nas feiras e mercados, ele é um superalimento brasileiro que une sabor, saúde e tradição

Entre tantos vegetais à disposição na feira, há um que quase sempre passa despercebido — mas deveria estar no centro da mesa.
O maxixe, pequeno, verde e coberto por espinhos macios, é um verdadeiro tesouro nutricional.
Originário da África e trazido ao Brasil durante o período colonial, ele se adaptou ao nosso clima e ganhou espaço nas cozinhas do Nordeste, onde virou ingrediente clássico de pratos regionais.
Com polpa firme e sabor levemente ácido, o maxixe lembra o pepino, mas oferece um valor nutritivo muito maior.
É rico em fibras, magnésio, potássio, cálcio e vitamina C, combinação que faz dele um aliado do intestino, dos músculos, do coração e do sistema imunológico.
O potássio ajuda a regular a pressão arterial, enquanto as fibras aumentam a saciedade e auxiliam no controle do peso.
Além disso, com baixo índice glicêmico e cerca de 95% de água, o maxixe é excelente para hidratar e equilibrar o corpo.
Como preparar e aproveitar o melhor do maxixe
Apesar da aparência diferente, o maxixe é fácil de preparar — basta lavar bem, esfregar para retirar a pelugem e cozinhar do jeito que preferir.
Pode ser refogado com alho e cebola, cozido com carne de sol ou charque, ou até usado em moquecas e saladas mornas. Seu sabor combina perfeitamente com azeite, coentro, pimentão e leite de coco.
Receita rápida: refogado de maxixe
Aqueça duas colheres de azeite, doure alho e cebola, adicione o maxixe em rodelas e tempere com sal e pimenta.
Cozinhe por cerca de 10 minutos, mexendo de vez em quando, até ficar macio. Finalize com cheiro-verde e sirva com arroz, feijão e carne de panela.
Simples, barato e nutritivo, o maxixe mostra que a boa alimentação pode nascer da tradição — e que, às vezes, o segredo de um prato saudável e cheio de sabor está justamente naquilo que muita gente deixa de lado.



