Quanto é preciso ganhar para ser considerado classe média no Brasil em 2025

Resposta depende de uma série de fatores econômicos, sociais e até regionais, que variam conforme o custo de vida de cada cidade e o tamanho das famílias

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Quanto é preciso ganhar para ser considerado classe média no Brasil em 2025
(Foto: Reprodução/ Agência Brasil)

Saber quanto uma pessoa precisa ganhar para ser considerada classe média no Brasil não é uma tarefa simples. A resposta depende de uma série de fatores econômicos, sociais e até regionais, que variam conforme o custo de vida de cada cidade e o tamanho das famílias. Além disso, os critérios mudam conforme novas pesquisas são divulgadas por instituições especializadas.

Quanto é preciso ganhar para ser considerado classe média no Brasil em 2025

De forma geral, a classificação das classes sociais no país é feita com base em dados oficiais de renda divulgados por órgãos como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses órgãos avaliam a renda familiar mensal, o número de moradores na casa e o poder de compra médio da população.

Estudos complementares realizados por instituições como a Fundação Getulio Vargas (FGV) também são utilizados para atualizar os parâmetros.

Eles consideram fatores como a composição familiar, o acesso a bens e serviços e o nível educacional — elementos que influenciam diretamente a classificação econômica.

Renda média e faixas de classificação

De acordo com dados mais recentes do IBGE, a renda média mensal dos brasileiros em junho de 2025 foi de aproximadamente R$ 3.457. A partir desse valor, os especialistas traçam estimativas para determinar as faixas de renda que compõem as diferentes camadas da classe média.

– Classe média baixa e média: famílias com renda domiciliar entre R$ 3.500 e R$ 8.300.

– Classe média alta: famílias com renda domiciliar entre R$ 8.300 e R$ 26.000.

Acima desse patamar, as famílias já são consideradas de classe alta, enquanto as que possuem renda inferior a R$ 3.500 mensais são enquadradas nas classes D e E, ou seja, de baixa renda.

Poder de compra e qualidade de vida

Embora a renda nominal sirva como parâmetro de classificação, ela não reflete integralmente o poder de compra da população. A inflação, o preço dos alimentos, o custo da moradia e o acesso a serviços públicos são fatores que influenciam diretamente a percepção de conforto e estabilidade financeira.

Por exemplo, uma família que vive no Nordeste com renda mensal de R$ 6.000 pode ter um padrão de consumo semelhante ao de uma família que vive com R$ 10.000 em São Paulo, devido à diferença no custo de vida entre as regiões.

Além disso, a expansão do crédito e o acesso facilitado a bens de consumo, como automóveis e eletrônicos, contribuíram para aumentar o número de famílias que se identificam com o perfil da classe média, mesmo que a renda ainda esteja próxima do limite inferior dessa faixa.

A classe média como termômetro da economia

A chamada “nova classe média” continua sendo um importante termômetro para a economia brasileira. É ela quem impulsiona o consumo de bens e serviços, movimenta o comércio e influencia as decisões políticas e econômicas do país.

Por isso, acompanhar as variações de renda e o comportamento desse grupo é fundamental para entender as transformações sociais e as perspectivas de crescimento do Brasil nos próximos anos.

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Isabella Valverde

Isabella Valverde

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, com passagens por veículos como a TV Anhanguera, afiliada da TV Globo no estado. É editora do Portal 6 e especialista em SEO e mídias sociais, atuando na integração entre jornalismo de qualidade e estratégias digitais para ampliar o alcance e o engajamento das notícias.

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