União que fortalece o Meio Ambiente
Audiência pública “Biomas Brasileiros e Mudanças Climáticas”, realizada na Alego, buscou discutir ações para enfrentar crise climática

A COP30 segue em curso até o dia 21 de novembro, em Belém do Pará, e o mundo continua acompanhando os passos da Conferência.
Não é exagero dizer que, nesta semana, a Amazônia se tornou o centro da diplomacia climática global. Líderes de mais de 170 países discutem ações urgentes para enfrentar a crise climática. A presença do Brasil como anfitrião simboliza a importância de proteger a floresta e reforça a necessidade de acelerar compromissos que garantam o futuro do clima no planeta.
Aqui em Goiás, contribuímos para esse diálogo global. Na última quarta-feira, 12, realizamos a audiência pública “Biomas Brasileiros e Mudanças Climáticas” na Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que temos a honra de presidir. Reunimos pesquisadores, professores, estudantes e lideranças ambientais para fortalecer o debate sobre justiça climática, conservação e educação ambiental. Tivemos a presença do ex-prefeito Pedro Wilson, da professora Nicali Bleyer, da PUC Goiás, da professora Elaine Barbosa, do Lapig, do professor Manuel Ferreira, do Cempa Cerrado, da professora Ana Paula de Oliveira, do Iesa, do professor Laerte Guimarães, além de dezenas de pesquisadores e ambientalistas.
Durante o encontro, recebemos importantes alertas. O professor Ivanilton de Oliveira apresentou um panorama da situação crítica dos biomas brasileiros. Lembrou que o Cerrado já perdeu quase metade de sua vegetação nativa e que esse desmatamento afeta rios que abastecem a Amazônia, a Caatinga e o Pantanal. Defendeu que Goiás assuma protagonismo, ampliando unidades de conservação e fortalecendo atividades sustentáveis, como o turismo de natureza, o extrativismo vegetal e a educação ambiental.
Ainda na audiência, foi lançada a coleção de e-books “Conhecendo os Biomas Brasileiros” e uma plataforma digital produzida pelo Lapig, criada para aproximar o conhecimento científico das escolas e tornar o estudo dos biomas mais acessível aos estudantes.
Esse compromisso com a educação ambiental também tem guiado nosso trabalho ao longo do ano. Em abril, lançamos o projeto Sementes do Cerrado, em parceria com a PUC Goiás. Desde então, mais de 800 alunos já visitaram o Memorial do Cerrado, em Goiânia. São crianças e jovens de escolas municipais, estaduais e particulares que vivenciaram atividades educativas, compreenderam a riqueza do Cerrado e fortaleceram o sentimento de pertencimento ao bioma. De Anápolis, já participaram o Colégio Núcleo, Colégio Exato, Centro Educacional Águia, Sesi Jundiaí, Sesi Jaiara, Colégio Estadual Professor Faustino, Colégio Estadual Helena Nasser, Colégio Estadual CEPI Mauá Cavalcante, CEPI Lions Melchior de Araújo, Escola Municipal Clóvis Guerra e Escola Municipal Raimunda Oliveira Passos.
Na próxima quarta-feira, 19, teremos uma nova rodada de visitas, reafirmando nosso compromisso de levar conhecimento, inspiração e consciência ambiental às novas gerações.
Seguimos acreditando que transformar o presente depende de ações responsáveis, de políticas públicas sérias e de uma caminhada em sintonia com universidades, escolas, pesquisadores e toda a sociedade.
A COP30 nos lembrou, nesta primeira semana, que grandes mudanças começam quando cada território assume sua parte. Em Goiás, colaboramos fazendo a nossa, com firmeza, esperança e compromisso com o meio ambiente.







