As perdas que expõem a realidade silenciosa da causa animal
Cuidar dos animais também é cuidar de quem está na linha de frente

Nos últimos dias, perdemos dois protetores da causa animal. É uma notícia difícil, que entristece profundamente quem vive essa luta. Mas, acima de tudo, é um alerta que não pode continuar sendo ignorado: quem salva vidas também precisa ser protegido.
Na semana passada, escrevi sobre o peso emocional que recai sobre os protetores. Falamos de cansaço, sobrecarga, responsabilidade constante e da falta de estrutura que acompanha quem dedica a vida a resgatar animais vítimas do abandono. Hoje, infelizmente, vemos que essa reflexão ganha um contorno ainda mais grave, não é apenas sobre desgaste; é sobre vidas que se vão.
O trabalho desses protetores acontece longe da visibilidade: nas madrugadas, nos resgates de urgência, na pressão por soluções, nas dívidas acumuladas para suprir o que deveria ser amparado por políticas públicas. Cada animal salvo carrega também a marca emocional de quem o resgatou.
Essas duas perdas reforçam que a causa animal não pode continuar apoiada exclusivamente na boa vontade e no sacrifício individual. Sem suporte real, psicológico, estrutural e institucional, os protetores seguem adoecendo, e isso precisa nos mobilizar enquanto sociedade.
Cuidar dos animais também é cuidar de quem está na linha de frente.
É preciso ação permanente, políticas efetivas e uma rede de apoio que alcance todos os envolvidos.
Às famílias dos protetores, minha solidariedade e respeito. A todos que seguem nessa caminhada, reafirmo meu compromisso em lutar por uma causa que ampare não apenas os animais, mas também aqueles que nunca viraram as costas para eles.
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