Anvisa suspende lotes de azeite após constatar adulteração em diversas marcas
Os testes apontaram a presença de outros óleos vegetais misturados ao azeite, o que configura fraude e torna o produto impróprio para consumo

O azeite está presente no dia a dia de muitas famílias, por isso qualquer alerta sobre sua qualidade chama atenção imediata.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a venda de novos lotes após descobrir adulterações que colocam em risco a segurança alimentar.
A situação preocupa porque o produto costuma ser associado à saúde, mas as investigações mostraram que nem tudo que chega às prateleiras corresponde ao que promete no rótulo.
Vale entender o que está acontecendo, quais marcas foram afetadas e como o consumidor pode se proteger.
O que motivou a suspensão dos lotes
A Anvisa e o Ministério da Agricultura identificaram problemas graves em análises realizadas em estabelecimentos comerciais e centros de distribuição.
Os testes apontaram a presença de outros óleos vegetais misturados ao azeite, o que configura fraude e torna o produto impróprio para consumo.
Por causa disso, várias marcas entraram para a lista de proibição total ou parcial.
Até o momento, 25 marcas foram afetadas em 2025.
Na mais recente atualização, lotes das marcas Royal, Godio, La Vitta e Santa Lucia também foram suspensos.
Os órgãos de fiscalização reforçaram que vender azeite adulterado é uma infração grave e que os estabelecimentos envolvidos podem ser responsabilizados.
Quais marcas foram atingidas pela fiscalização
A lista de marcas que sofreram restrições variam entre banimento total e suspensão de lotes específicos.
Entre elas estão: Alcobaça, Almazara, Alonso, Azapa, Campo Ourique, Casa do Azeite, Castelo de Viana, Doma, Escarpas das Oliveiras, Godio, Grego Santorini, La Ventosa, La Vitta, Los Nobles, Málaga, Ouro Negro, Quintas D’Oliveira, Royal, San Martín, Santa Lucia, Serrano, Terra de Olivos, Terrasa, Vale dos Vinhedos e Villa Glória.
Os problemas vão além do conteúdo adulterado. O governo federal também encontrou irregularidades como importações feitas por empresas sem CNPJ no Brasil, instalações inadequadas, rótulos que não seguem as regras sanitárias e falta de licenciamento.
Riscos e como agir caso tenha comprado um azeite proibido
Se o consumidor comprou algum dos azeites que fazem parte da lista de suspensão, deve parar de usar o produto imediatamente.
O Código de Defesa do Consumidor garante o direito de substituição, e a orientação é solicitar a troca no estabelecimento onde a compra foi feita.
Caso a venda continue acontecendo mesmo após o veto, denúncias podem ser registradas no Fala.BR, o canal oficial do governo para esse tipo de queixa.
É uma forma de reforçar a fiscalização e evitar que mais pessoas sejam prejudicadas.
Como evitar a compra de azeites adulterados
O Ministério da Agricultura recomenda atenção redobrada, especialmente com produtos vendidos muito abaixo do preço comum.
Valores muito baixos são um dos principais sinais de adulteração.
Outra orientação importante é evitar azeite vendido a granel, já que não há garantias sobre a procedência.
Para verificar se uma marca está liberada, o consumidor pode consultar a lista oficial da Anvisa.
Basta acessar a ferramenta da agência e pesquisar pelo nome no campo “Produto”.
Essa checagem simples ajuda a evitar fraudes e garante que o azeite comprado realmente corresponde ao que o rótulo promete.
Por que esse tipo de fraude é tão comum
O azeite, especialmente o extravirgem, tem alto valor agregado.
Por isso, alguns produtores e distribuidores tentam reduzir custos substituindo parte da composição por óleos mais baratos.
Esse tipo de adulteração prejudica o consumidor e o mercado, além de comprometer a confiança em marcas sérias.
A fiscalização constante é essencial para manter a qualidade e garantir segurança alimentar.
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