Pesquisa surpreende ao mostrar o que os idosos e a geração Z têm em comum

Apesar de estarem em extremos diferentes da vida, enfrentam desafios muito parecidos

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Pesquisa surpreende ao mostrar o que os idosos e a geração Z têm em comum
(Foto: Reprodução/Pexels)

A geração Z costuma ser vista como sinônimo de tecnologia, mas uma pesquisa recente mostra que a realidade é bem mais complexa.

Surpreendentemente, jovens e idosos compartilham dificuldades muito parecidas quando o assunto é uso seguro do ambiente digital.

Esse ponto em comum chama atenção porque quebra a ideia de que nascer em meio à tecnologia garante domínio total sobre ela.

Ao longo do tempo, especialistas já apontavam a existência de uma brecha digital entre gerações.

Ainda assim, os novos dados revelam que a geração Z enfrenta desafios semelhantes aos dos mais velhos, especialmente quando se trata de segurança online e identificação de golpes.

Um dado que chamou a atenção dos pesquisadores

De acordo com uma pesquisa da Confederação Espanhola de Caixas de Poupança, mais da metade dos jovens entre 18 e 29 anos admite ter pouco conhecimento sobre cibersegurança.

Ao todo, 57% dos entrevistados da geração Z reconhecem que não dominam o tema.

Esse resultado surpreende porque esse grupo cresceu cercado por celulares, aplicativos e redes sociais.

No entanto, familiaridade com tecnologia não significa, necessariamente, saber utilizá-la de forma segura.

Golpes digitais afetam jovens e idosos

Tradicionalmente, os golpes por telefone, SMS ou mensagens falsas costumam ser associados aos idosos.

Muitos acabam fornecendo dados sensíveis por não reconhecerem armadilhas digitais.

Porém, a pesquisa mostra que a geração Z também cai nesse tipo de situação.

Cerca de 28% dos jovens acreditam que bancos podem solicitar senhas ou informações pessoais por mensagens, e-mails ou aplicativos de conversa.

Esse comportamento se aproxima muito do que acontece com pessoas mais velhas, evidenciando um problema compartilhado.

Por que os jovens ignoram alertas básicos

Mesmo com campanhas constantes dos bancos alertando que nunca pedem dados por canais não oficiais, a adesão às recomendações é baixa entre os mais novos.

Apenas 33,2% dos jovens dizem seguir essas orientações.

Em contrapartida, entre pessoas com mais de 65 anos, esse número sobe para 66%.

Ou seja, os idosos demonstram mais cautela e respeito às regras básicas de segurança do que a geração Z, o que inverte expectativas comuns.

O ponto em comum entre extremos de idade

O que une jovens e idosos é a falsa sensação de segurança.

Enquanto os mais velhos confiam por desconhecimento, muitos jovens confiam demais por acharem que dominam o ambiente digital.

Em ambos os casos, isso abre espaço para erros semelhantes.

Além disso, a pressa e a confiança em mensagens que criam senso de urgência aumentam os riscos para os dois grupos.

Como se proteger no dia a dia

Diante desse cenário, algumas atitudes simples fazem diferença.

Nunca forneça códigos, senhas ou dados pessoais por mensagens ou ligações.

Sempre acesse sites digitando o endereço oficial no navegador, e não clicando em links recebidos.

Também é importante desconfiar de anexos desconhecidos e de qualquer pedido urgente.

Em caso de dúvida, o caminho mais seguro é entrar em contato diretamente com a instituição envolvida.

Um alerta que vai além da idade

A pesquisa mostra que educação digital é necessária para todas as gerações.

A geração Z e os idosos, apesar de estarem em extremos diferentes da vida, enfrentam desafios parecidos no mundo online.

No fim das contas, o estudo reforça que segurança digital não depende da idade, mas de informação, atenção e hábitos conscientes.

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Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com o Portal 6 desde 2022, atuando principalmente nas editorias de Comportamento, Utilidade Pública e temas que dialogam diretamente com o cotidiano da população.

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