Remédios para diabéticos, crianças e idosos de Anápolis estão em falta
Suspensão ocorreu porque até ricos estavam recebendo remédios
A Prefeitura de Anápolis reconhece que remédios estão em falta na rede pública municipal. A insulina, para diabéticos tipo 2, e a ritalina, administrada em crianças com deficit de atenção e idosos em depressão, são dois deles mencionados pelo Poder local.
Ambos medicamentos são vitais para a manutenção da vida de pessoas com doenças crônicas e psicológicas.
Em nota confusa enviada ao Portal 6, a assessoria de imprensa da Prefeitura prometeu que nenhum paciente ficará sem medicação e disse que antes de retomar a distribuição todos os beneficiários passarão por reavaliação e encaminhamento para programas do SUS nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Somente após esse procedimento é que os médicos darão uma nova receita aos pacientes, solicitando o ‘remédio correto’.
A Prefeitura de Anápolis, entretanto, não explicou o porquê de toda essa mudança, nem quando quem realmente precisa receberão os remédios.
Em tempo
O Portal 6 apurou e descobriu que a suspensão da compra de insulina e ritalina ocorreu porque a Gestão Roberto Naves (PTB) percebeu que ambos medicamentos estavam sendo comprados por um valor bem mais caro de distribuidores. Soma-se a essa distorção, o fato de que os medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo Ministério da Saúde.
Além disso, não havia nenhum controle de distribuição dos remédios. Qualquer pessoa, até mesmo rica, pegava as medicações sem participar dos programas de acompanhamento, realizado nas UBS.
Diante dessa realidade, Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) optou por suspender a compra até que sejam analisados cada caso e verificado quem realmente precisa de insulina e ritalina.
A reportagem não conseguiu contato posterior com a Semusa para saber se os medicamentos já foram solicitados pela Prefeitura junto ao SUS e quando eles estarão à disposição na rede pública municipal.