CNBB quer investigação sobre denúncia de tortura no presídio de Anápolis
Além da violência, presos ainda estariam sendo obrigados a comer comida com larva
A Pastoral Carcerária Nacional, da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), enviou um ofício pedindo que o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública de Goiás apurem possíveis casos de tortura ocorridos no Presídio Estadual de Anápolis.
Conforme o documento, a entidade recebeu uma denúncia anônima na última segunda-feira (13), onde foi relatado que os detentos da unidade são levados para celas de isolamento para receberem tiros de borracha, são machucados e tem até os dedos quebrados.
O denunciante afirmou ainda que a falta de atendimento médico tem provocado diversas problemas bucais no presos, como infecções e buracos nos dentes.
Além disso, a entrega de alimentos por parte da família também não estaria sendo permitida e a comida sendo servida aos presos com larvas.
Preocupada com a gravidade da situação, a CNBB solicitou que todos os três órgãos providenciem urgentemente uma vistoria na unidade e colham depoimentos dos detentos para esclarecer o caso.
Em nota, a DGAP disse que ainda não recebeu nenhuma formal por parte da organização, mas que “todas e quaisquer denúncias que chegam ao conhecimento desta diretoria são devidamente investigadas e apuradas na forma da Lei”.