Plano de adolescente contra escola pública em Goiás é assustador
Estudante confirmou que sofria bullying e detalhou como faria para executar o massacre
Forças policiais de Goiás conseguiram identificar e apreender nesta segunda-feira (18) um adolescente que preparava ataque terrorista a uma escola pública estadual em Pontalina, município a 195 km de Anápolis.
O rapaz, de acordo com representação feita pelo promotor Guilherme Vicente de Oliveira, entre agosto de 2018 e março deste ano fez publicações em suas redes sociais com apologia de fato criminoso, bem como realizou atos preparatórios de terrorismo, “com o propósito inequívoco de matar, mediante surpresa, número indeterminado de pessoas”.
Durante buscas da Polícia Civil na residência do adolescente foram apreendidos, além arma de fogo e munições, uma capa, uma máscara, desenhos, um coturno, um arco e flechas.
De acordo com a corporação, ele convidou um outro adolescente para ajudá-lo na escola e alegou que as pessoas vivem ‘num inferno’ e que, ao matá-las, livraria elas desse sofrimento.
O adolescente também confirmou que sofria bullying e só não tinha executado o massacre porque não teve acesso a arma de fogo de repetição, e que a última vez que pensou em colocar o plano em prática foi dias antes do Carnaval.
Ele explicou ainda que a arma apreendida em sua residência, por não ser de repetição, não seria suficiente para seu objetivo.
Questionado se tinha medo da reprovação social após executar a ação, o rapaz afirmou que não, pois se mataria logo em seguida à execução do massacre e que, morto, não sentiria remorso pelas mortes.
Para o jovem, um massacre ideal é aquele que tem o maior número de vítimas e comparou o massacre de Suzano-SP ao massacre ocorrido em uma mesquita na Nova Zelândia, na última sexta-feira (15).
O adolescente defendeu que o massacre da mesquita foi ideal por conta do grande número de vítimas e sinalizou que durante o massacre que tinha plano de executar usaria a capa e a bota que foi apreendida.
Recolhido na cela da Delegacia de Apuração a Atos Infracionais de Caldas Novas, onde permanecerá internado provisoriamente à disposição do Poder Judiciário, ele reponderá por apologia a crime e atos preparatórios de terrorismo.